quarta-feira, 16 de maio de 2018

Unidade 4 - Capitulo 10 – Poder, política e Estado


Os atos políticos e as ações do Estado fazem parte de nossa vida, e é atuando politicamente que entendemos e assumimos nosso papel na sociedade. No entanto, quando ouvem falar em poder e política, as pessoas quase sempre pensam em troca favores, muitas pensam em burocracia, impostos elevados e mau uso do dinheiro público. Essas associações negativas resultam de certos estereótipos a respeito da política e do papel do Estado, e servem de argumento para justificar a omissão e a recusa à participação nos assuntos públicos.

Capítulo 10 – O Estado Brasileiro

O Estado moderno surgiu da desintegração do mundo medieval e das relações políticas até então prevalecentes na Europa, caracterizadas pela descentralização do poder e pelo domínio dos senhores feudais. Estes mantinham o controle sobre a maior parte das terras e sobre toda a sociedade.

A dominação exercida pelos senhores feudais foi sendo lentamente minada por revoltas camponesas e pelo crescimento das cidades e do comércio, que apressou a desagregação dos feudos. Simultaneamente, a partir do século XIV, ocorreu um processo de centralização e concentração:
·         Das Forças Armadas e do monopólio da violência;
·         Da estrutura jurídica;
·         Da cobrança de impostos;
·         De um corpo burocrático para administrar o patrimônio público.

A centralização desses poderes e instituições caracteriza o Estado moderno.

10.1. Os Estados nacionais no século XX

O Estado fascista e o Estado soviético

O Estado fascista foi organizado nas décadas de 1920 e 1930, primeiro na Itália, depois na Alemanha (como nazismo) e em vários outros países europeus.

Com pequenas diferenças entre um país e outro, caracterizava-se pelo totalitarismo: a participação política significava plena adesão ao regime e a seu líder máximo, não se admitindo críticas ou fazendo oposição ao governo.

O Estado soviético decorreu da primeira experiência socialista, iniciada com a Revolução Russa de 1917. Na Rússia pós-revolucionária o desafio era criar meios efetivos de participação dos trabalhadores e soldados, desde que fossem organizados no Partido Comunista, que era a estrutura política dominante.

Estado fascista e o Estado soviético se confrontaram durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O Estado soviético aliou-se aos Estados Unidos, Inglaterra e França para derrotar os países do Eixo, grupo do qual os nazifascistas faziam parte. No fim do conflito os vitoriosos se dividiram em:

·         bloco socialista - liderado pela URSS;
·         bloco capitalista - sob comando dos EUA.

Os dois haviam se aliado para participar da guerra e da derrocada do fascismo-nazismo.

A partir de 1985, a URSS entrou em processo de dissolução. A queda do muro de Berlim, em 1989, assinalou de modo emblemático o fim do Estado soviético.
O regime socialista continua vigente, com variações, em Cuba, no Vietnã, na Coreia do Norte e na China, com a manutenção de um partido único e da planificação central da economia.

O Estado de bem-estar social

O Estado do bem-estar social era uma forma de organização estatal, também chamada Estado social, que buscava atender, de um lado, às reivindicações dos trabalhadores, que exigiam melhores condições de vida, e, de outro, também às necessidades do capital.

As bases teóricas desse modelo foram apresentadas na década de 1930 pelo economista inglês John Maynard Keynes. Após a Segunda Guerra Mundial, o Estado do bem-estar social se consolidou nos Estados Unidos e em boa parte da Europa.

O Estado do bem-estar social tinha como finalidade e característica básica a intervenção estatal nas atividades econômicas e endossavam a proposta dos capitalistas modernos. Esses capitalistas modernos propunham um mínimo de bem-estar econômico e social: moradia digna, educação básica pública, assistência à saúde, transporte coletivo e lazer.

O Estado investiu para garantir trabalho à maior parte da população a fim de torná-la consumidora, mantendo a produção sempre elevada. Configurou-se o que alguns chamam de “cidadania do consumidor”, ou seja, a cidadania entendida como um mecanismo de mercado.

Enquanto isso, nos países periféricos, como os da América Latina, o que se viu foi uma variedade de formas governamentais, entre as quais as ditaduras militares.

10.2. O chamado Estado neoliberal

Após a crise do petróleo na década de 1970, houve necessidade de mudança na organização estatal.

Os analistas diziam que a política social estava comprometendo a liberdade do mercado e até mesmo a liberdade individual, valores básicos do capitalismo. Defendia-se o Estado mínimo, o que significava voltar ao que propunha o liberalismo antigo, com o mínimo de intervenção estatal.

Os setores mais atingidos pelo Estado neoliberal foram aqueles que beneficiavam mais diretamente os trabalhadores e os setores marginalizados da sociedade, como assistência social, habitação, transporte, saúde pública, previdência e direitos trabalhistas. O que era público (comum a todos) passou a ser determinado pelos interesses privados (particulares).

Com essas propostas, intensificou-se a presença das grandes corporações produtivas e financeiras na definição dos atos do Estado, fazendo que as questões políticas passassem a ser dominadas pela economia.

Como explicar e entender a “liberdade de escolha” no mundo em que vivemos?

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