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Mostrando postagens de abril, 2017

Odebrecht, o comitê para gerir os negócios da burguesia

“Um comitê para gerir os negócios da burguesia”. É assim que Marx, no Manifesto Comunista, se refere ao Estado. A frase de Marx, um tanto quanto retórica, expressa uma condição estrutural sempre oculta pela ideologia que faz ver a aparência como essência. A lista Fachin é um raro momento em que as sombras se dissolvem. Um raro momento em que se vê as entranhas do capitalismo. Raro demais para ser desperdiçado em análises que se esgotem na moralidade dos indivíduos ou em críticas ao sistema eleitoral e reivindicações por sua reforma, ainda que isto tudo seja pertinente. A Odebrecht conseguiu livrar-se de 8 bilhões de impostos graças a algumas encomendas de Medidas Provisórias. Em meio a denúncias que atingem todo o sistema político, o detalhe escabroso é pinçado em sua crueza para chocar e atingir o partido que a mídia adora odiar. Mas nisto onde termina o “Departamento de Operações Estruturadas” da Odebrecht (e outros departamentos congêneres das grandes empresas) e onde começa

Alienação

I. DEFINIÇÃO "Ao nível de máxima generalização, a Alienação pode ser definida como o processo pelo qual alguém ou alguma coisa (segundo Marx, a própria natureza pode ficar envolvida no processo de Alienação humana) é obrigado a se tornar outra coisa diferente daquilo que existe propriamente no seu ser" (P. Chiodi). O uso corrente do termo designa, frequentemente em forma genérica, uma situação psicossociológica de perda da própria identidade individual ou coletiva, relacionada com uma situação negativa de dependência e de falta de autonomia. A Alienação, portanto, faz referência a uma dimensão subjetiva e juntamente a uma dimensão objetiva histórico-social. Neste sentido se fala: de Alienação mental como estado psicológico conexo com a doença mental; de Alienação dos colonizados enquanto sofrem e interiorizam a cultura e os valores dos colonizadores; de Alienação dos trabalhadores enquanto são integrados, através de tarefas puramente executivas e despersonalizadas,

CONFLITO

O conflito  é onipresente na vida social e assume formas variadas. Há duas distinções básicas a se fazer em relação a conflitos: quanto à natureza e quanto à estrutura de seus objetivos. A natureza dos objetivos diz respeito àquilo a que o conflito se refere - distribuição de bens, valores , etc. Já a estrutura diz respeito a como se distribuem as perdas e ganhos e como os atores se relacionam (de forma mais competitiva ou mais cooperativa). Assim, em um conflito, as perdas de um dos atores podem equivaler aos ganhos de outro (jogo de soma zero); os ganhos do vencedor podem ser inferiores às perdas do perdedor, ou todos podem ser perdedores (jogo de soma negativa); finalmente, todos podem ser ganhadores. Nesse último tipo de conflito prevalece a cooperação entre os atores em disputa. Outro aspecto importante é que alguns conflitos se desenvolvem no ambiente de uma instituição - portanto, sujeitos a certos limites - ou sob regras. Entretanto, também pode haver confl