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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Briga, tiros e medo: 50% dos brasileiros dizem estudar em áreas violentas

Após uma semana do início das aulas, o vigilante desempregado Sérgio Rodrigues do Nascimento, 43, já havia pedido a mudança do filho de 10 anos da Escola Estadual Maria Augusta de Moraes Neves, na zona sul de São Paulo, para outra unidade. "No terceiro dia, dois alunos foram expulsos da sala, já vi um monte de gente pulando o muro da escola, e ontem meu filho disse que levou um chute de outro garoto na hora do intervalo", conta o pai. "A gente fica de coração partido de deixá-lo aqui", afirma Nascimento, que nos últimos dias percorreu outras escolas da região em busca de vagas em turmas de sextos anos do ensino fundamental. "Não quero que meu filho vire bandido." Na mesma região, outro pai tentava tirar o filho da Escola Estadual João Ernesto Faggin pelo mesmo motivo. "Eu estudei aqui quando tinha 10 anos e a escola já não era boa. Hoje tenho 41 anos e nenhum dos meus colegas de classe estão vivos", afirma o morador do bairro, que pr

Mudar ensino médio leva tempo, dizem escolas

A reforma do ensino médio, aprovada na quarta-feira, 8, pelo Senado, é considerada necessária por entidades que representam as escolas particulares. No entanto, elas temem que o prazo para planejar e implementar o novo modelo seja curto. A reforma passará a valer um ano após a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que definirá o que o aluno deve aprender em cada etapa - por isso, as mudanças devem ser sentidas em 2019. "Qualquer mudança na proposta pedagógica tem impacto imediato na planilha de custo e o tempo para fazer essa análise e implementação é curto", disse Amábile Pácios, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep). Segundo ela, o mais prudente seria que a implementação fosse feita em 2021, já que as instituições ainda vão ter de submeter as mudanças pedagógicas à aprovação das secretarias estaduais da Educação. "As secretarias vão conseguir se debruçar sobre as propostas de todas as escolas em um ano?" O texto a

Campanha de relator da reforma recebeu R$ 300 mil de empresa de previdência

A questão em pauta não é o fato das contribuições serem legais ou não, mas o simples fato dos interesses empresariais envolvem que contrapõem aos interesses da população.  Deputado deveria declara-se suspeito por causa do conflito de interesses e não integrar essa comissão  (Valter Borges) Relator da comissão especial  da Câmara que vai analisar a  reforma da Previdência , o deputado Arthur Maia (PPS-BA) recebeu duas doações da Bradesco Vida e Previdência nas eleições de 2014, totalizando R$ 299.972. O montante representa 8% do que o deputado declarou na campanha.  As doações foram feitas ao seu partido, e repassadas ao candidato, segundo a prestação de contas do parlamentar divulgada no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Foram doações declaradas e legais. Até as eleições de 2014, as doações de empresas privadas a campanhas eram legais. Elas só foram  proibidas em  2015 .   Além da Bradesco Vida e Previdência, Arthur Maia recebeu doações de outras instituições financ

Populismo

O populismo (em russo   narodnichestvo ) designa o movimento dos intelectuais russos (como A. Herzen e sobretudo N. Tchernychevski) que, nos anos 1850-1880, se opôs ao czarismo. Os populistas, desconfiados relativamente ao liberalismo ocidental, queriam educar os camponeses (identificados com o "povo"), nos quais viam os guardiões naturais das tradições e da alma russa, para mobilizá-los contra o despotismo e para fundar um comunismo agrário. Marx e depois Lenine opuseram-se aos populistas, a quem censuravam o fato de não verem o caráter de classe da sociedade e a confusão que arrastava consigo a noção de "povo". Atualmente, e por analogia, denomina-se populista todo o movimento ou toda a doutrina que faz apelo de maneira exclusiva ao "povo" ou às "massas", de maneira indiferenciada e, por vezes, mística. São neles secundários os antagonismos de classe; é negado o papel do proletariado urbano (e das suas organizações) como vanguarda r

Abstencionismo

Chama-se abstencionista ao cidadão que, gozando do direito de voto, não participa numa consulta eleitoral. O estudo do abstencionismo põe problemas de medida, de conteúdo, de observação e de interpretação. Nos Estados Unidos da América, o abstencionismo é medido pela diferença entre o número de cidadãos com idade de votar, fornecido pelo recenseamento, e o número de votantes. Na França só são contabilizados os eleitores inscritos numa lista eleitoral e que não participam no escrutínio; ora, pode estabelecer-se que cerca de um francês em dez não estava inscrito nas listas eleitorais. Sobre avaliado sem dúvida no primeiro caso, o abstencionismo é subavaliado no segundo. Em alguns países, como a Bélgica, o voto é obrigatório. O abstencionismo encontra-se, portanto, lá limitado aos casos de força maior. Por outro lado, nos regimes de partido único o abstencionismo não tem evidentemente o mesmo significado que nas democracias pluralistas. Os meios de que se dispõe

Trump declarou guerra aos direitos humanos, diz diretor da ONG que barrou veto a refugiados

Jamil Dakwar, diretor de direitos humanos da ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis, na sigla em inglês), diz que a entidade que conseguiu vencer o presidente dos EUA, Donald Trump, nos tribunais está preparada para uma grande maratona nos próximos quatro anos de governo na luta pelos direitos civis. Em entrevista ao  UOL , Dakwar afirmou que o magnata republicano "declarou uma guerra aos direitos civis" e está somente cumprindo suas promessas de campanha --e se ele seguir neste ritmo, a atual situação nos EUA "pode ficar ainda mais preocupante". A ACLU, uma ONG norte-americana com quase cem anos, foi fundada após o fim da Primeira Guerra e é a autora da primeira ação vitoriosa movida contra a ordem executiva de Trump que barrou refugiados e imigrantes de sete países de maioria muçulmana. A medida aprovada pela Justiça impediu a deportação de cidadãos de Irã, Iraque, Iêmen, Somália, Líbia, Síria, Sudão, mas outras diversas ações de outros grupos, até me

A sociedade dos indivíduos

O que vem primeiro: o indivíduo ou a sociedade? Os indivíduos moldam a sociedade ou a sociedade molda os indivíduos? Podemos dizer que indivíduos e sociedade fazem parte da mesma trama, tecida pelas relações sociais. Não há separação entre eles. Nós, seres humanos, nascemos e passamos nossa existência em sociedade porque precisamos uns dos outros para sobreviver. O fato de dependermos uns dos outros significa que não temos autonomia? Até que ponto dispomos de liberdade para decidir e agir? Até que ponto somos condicionados pelas sociedades? A sociedade nos obriga a ser o que não queremos? Podemos mudar a sociedade? Para estudar essas questões, os sociólogos desenvolveram alguns conceitos, como socialização, instituição, hierarquia e poder, e geraram uma diversidade de análises. O indivíduo, sua história e a sociedade A Sociologia, assim como as demais ciências humanas, tem como objetivo compreender e explicar as permanências e as transformações que ocorrem nas sociedades hum

Sociologia: Ciência da Sociedade

O fundamental da Sociologia é fornecer-nos conceitos e outras ferramentas para analisar as questões sociais e individuais de um modo sistemático e consistente, indo além do senso comum. Conhecendo a sociedade Para Pierre Bourdieu, sociólogo francês contemporâneo, a Sociologia, quando se coloca numa posição crítica, incomoda muito, porque, como outras ciências humanas, revela aspectos da sociedade que certos indivíduos ou grupos se empenham em ocultar. Se esses indivíduos e grupos procuram impedir que determinados atos e fenômenos sejam conhecidos do público, de alguma forma o esclarecimento de tais fatos pode perturbar seus interesses ou mesmo concepções, explicações e convicções. A intenção de pensar a sociedade é: - Formar indivíduos autônomos; - Formar pensadores independentes; - Desenvolver a imaginação sociológica. A produção social do conhecimento Todo conhecimento se desenvolve socialmente. É fundamental para todos entender como são criadas as instituições