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Mostrando postagens de abril, 2012

Herança maldita

Raízes do Preconceito no Brasil Em 2011 um comercial da Caixa Econômica Federal retratou o escritor Machado de Assis como um dos mais antigos correntistas da empresa. O objetivo era comemorar os 150 anos da instituição, mas o resultado foi uma chuva de críticas de entidades ligadas às questões raciais. A peça trazia Machado, um afrodescendente, interpretado por um ator branco. Criticada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), a Caixa prontamente tirou o vídeo do ar com um pedido de desculpas. Para o especialista em literatura afro-brasileira Eduardo de Assis Duarte, o caso foi apenas mais um no esforço histórico para apagar as raízes africanas do escritor. Lançada em 2011 e organizada por Duarte, a antologia Literatura e Afrodescendência no Brasil (Editora UFMG) reúne vida, obra e análise crítica de cem autores negros em 2 mil páginas e quatro volumes. O objetivo é ampliar a visibilidade e a reflexão a respeito dos escritor

Cotas em Universidades Públicas

Por unanimidade, STF decide que cotas raciais em universidades públicas são válidas Por unanimidade, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votaram nesta quinta-feira (26) a favor das cotas raciais em universidades públicas. Todos os 10 ministros votantes seguiram a opinião do relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, que se disse ontem (25) a favor da constitucionalidade da medida. O ministro Dias Tóffoli não participou do julgamento, já que, quando era advogado-geral da União, deu parecer favorável às cotas. Veja o Vídeo: Votos dos ministros Último a votar, Ayres Britto afirmou que quem não sofre preconceito por causa da cor da pele tem uma "vantagem competitiva". “Aquele que sofre preconceito internaliza a ideia de que a sociedade o vê como um desigual, por baixo. E o preconceito quando se generaliza e persiste no tempo, se alonga, como é o caso do Brasil, ele vai fazer parte das relações sociais de base, que são aquelas relações so

(Des)valorização dos professores

Faltam valorização profissional e professores nas escolas estaduais Este é um dos resultados da política de desvalorização dos professores que vem sendo praticada no Estado de São Paulo há muitos anos, e que se intensificou a partir de 1995 com as medidas de enxugamento das despesas públicas. Reportagem publicada nesta quarta-feira, 25 de abril, no jornal Folha de S. Paulo, informa que faltam professores em 32% das escolas estaduais localizadas na cidade de São Paulo. Há problemas em quase todas as disciplinas. A maior lacuna é de professores de Artes. A segunda é de Geografia, mas também é grande o número de escolas em que faltam professores de Matemática, Língua Portuguesa, História e Física. Embora o foco da reportagem seja somente a capital, a observação de nossas subsedes indica que, por exemplo, nas cidades da Grande São Paulo a situação é semelhante, talvez até mais grave em alguns municípios. Este é um dos resultados da política de desvalorização dos profes

Censura: Silêncio Ensurdecedor

Silêncio Ensurdecedor Por Leandro Antonio de Almeida, doutorando em História pela USP e professor da UFRB Prezada censura e amigos, é com prazer que pego nesta caneta, a fim de lhe cumprimentar a suas pessoa (sic), que esta ao chegar em suas mãos esteje (sic) com saúde e felicidades.” Assim começa uma carta reproduzida pelo historiador Carlos Fico, datada de 23 de setembro de 1974. Foi escrita por uma mulher doente que, a pedido de 50 mães, remetia um “apelo à censura, em nome de Deus,” para esta “dar uma ordem para as TV, aonde estiver com bandalheiras, falta de moral, falta de respeito, em plenas câmeras de TV, nos programas”. Em períodos de fechamento político, pedidos como esse ecoam fortemente ao legitimar a legislação que restringe a veiculação de conteúdos. Em todo o período republicano brasileiro a censura foi legalmente exercida. Apesar de a Constituição de 1891 garantir a liberdade de expressão, desde o início do século XX cabia à polícia exercer a censura prévia nos teat

Evolução: Adaptação ou Progresso??!!

Evolução A evolução pode ser definida, em poucas palavras, como o processo de variação e adaptação de populações ao longo do tempo, podendo inclusive provocar o surgimento de novas espécies a partir de uma preexistente . Dessa forma, a grande diversidade de organismos presentes em nosso planeta pode ser explicada por meio dessa teoria. Registros escritos de grandes filósofos pré-socráticos nos mostram que o pensamento evolucionista não se deu, basicamente, e tampouco unicamente, por Charles Darwin. Aliás, a apresentação desta teoria à Linnean Society, em 1858, foi feita com a coautoria de Alfred Wallace: naturalista menos abastado que, sem o prévio conhecimento das ideias de Darwin, conseguiu compreender da mesma forma o aparecimento e perpetuação de espécies variadas e de formas específicas. A evolução por meio da seleção natural, proposta por esses dois pesquisadores, enuncia que indivíduos que possuem características específicas que os tornam mais aptos a viver em determina

Pobres tem pior desempenho em prova

Alunos "mais pobres" têm o pior desempenho em prova que avalia ensino fundamental público O grupo de alunos com pior situação econômica teve os piores desempenhos em matemática e português na Prova Brasil de 2009, mostra um cruzamento de dados feito pela Fundação Lemann e fornecido ao  UOL Educação . A prova é aplicada a alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e acontece a cada dois anos. Os dados de 2009 são os mais recentes disponíveis. Segundo Francisco Soares, especialista em avaliações em educação e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a proficiência do aluno reflete, ao mesmo tempo, todas as características dele, inclusive as socioeconômicas. Os alunos que têm melhores condições econômicas, diz, têm mais condições de se saírem melhor na escola. “A proficiência do aluno reflete de forma muito próxima sua característica sociodemográfica. Isto [a diferença nos resultados] é uma prova de que a escola no Brasil não c