PROUDHON
(Pierre-Joseph),
teórico socialista francês (Besançon 1809 - Paris 1865: Desde a publicação do
seu memorial em 1840, Qu'est-ce que la propriété?, torna-se um dos mais
importantes teóricos do socialismo francês. O seu livro de 1846, Système des
contradictions économiques, suscitou a crítica de Marx e a ruptura das suas
relações.
Deputado
em 1848, depois preso durante três anos, não deixou de polemizar contra o
Segundo Império e foi de novo condenado após a publicação de De la justice
dans la révolution et dans l'Église (1858). Não pôde acabar a sua última
obra escrita, De la capacité politique des classes ouvrières (1865).
Uma
tríplice crítica atravessa as suas obras: crítica da propriedade privada, dos
capitais e da desigualdade; denúncia do Estado centralizador, fonte da
alienação política; crítica das religiões e de toda a ideologia da transcendência.
A estas três alienações opõe Proudhon uma organização autogestionária da
produção, o federalismo social e político, uma moral exigente fundada na
justiça.
Esta filosofia
social comporta um conjunto de indicações de carácter sociológico sobre o
pluralismo social, a violência do Estado centralizado, as formas de resistência
às opressões, o carácter destruidor das ideologias políticas, o dinamismo dos
grupos naturais.
P. A.