quarta-feira, 16 de maio de 2018

Unidade 1 – Capítulo 2 - O processo de socialização


Indivíduos e sociedade são indissociáveis. A Sociologia dispõe de um conceito-chave – socialização – para investigar o processo pelo qual os indivíduos formam a sociedade e são formados por ela. Inseridos em múltiplos grupos e instituições que se entrecruzam, como a família, a escola e a Igreja, os membros de uma sociedade constituem uma complexa rede de relações que permeia o cotidiano. Embora cada um tenha a sua individualidade, esta se constrói no contexto dessas relações sociais.

2.1. O que nos é comum

Ao nascer, a criança chega a um mundo que já está pronto. Nesse momento ela ainda não se reconhece como pessoa, pois não domina os códigos sociais. Aos poucos, vai tomando contato com seu meio, aprendendo palavras, significados e regras.

Ao conviver com a família e com os vizinhos, frequentar a escola, ver televisão, passear e conhecer novos lugares, coisas e pessoas, a criança se socializa, isto é, interioriza os valores e o modo de vida da sociedade da qual faz parte.

De bebês a adultos, em seu caminho de descoberta do mundo, todos os integrantes de uma sociedade passam pelo processo de socialização.

2.2. As diferenças no processo de socialização

As desigualdades sociais promovem formas distintas de socialização: nascer e viver submetido a condições precárias de habitação, trabalho, educação e saúde é muito diferente de dispor, desde o nascimento, de fácil acesso aos bens materiais e culturais.

O contexto histórico também imprime diferenças nesse processo. A socialização das pessoas que vivem em um país em guerra, por exemplo, é diferente daquela das pessoas que moram em um local onde predomina a paz. A socialização nos dias de hoje, profundamente afetada pelos avanços tecnológicos nos setores de comunicação e informação, é bem diferente da socialização nos anos 1950.

2.3. Tudo começa na família

Mesmo considerando todas as diferenças, normalmente há um processo de socialização formal, conduzido por instituições como a escola e a Igreja, e um processo informal, que acontece inicialmente na família, na vizinhança e pela exposição aos meios de comunicação.

No espaço privado das relações de intimidade e afeto, representado pela família, aprendemos a obedecer às regras de convivência e a lidar com as diferenças e a diversidade.

Nos outros espaços que frequentamos em nosso cotidiano, os espaços públicos de socialização, precisamos observar as normas e regras próprias de cada situação.

Como explicar e entender a “liberdade de escolha” no mundo em que vivemos?

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