sexta-feira, 18 de maio de 2018

Jovens, Cultura e Consumo


A sociedade atual é repleta de propagandas de diversos produtos anunciados nos meios de comunicação. Porém, é importante desviaremos o foco para os produtos (supostamente) mais consumidos pelos jovens, a fim de levar a uma reflexão sobre como eles são consumidos.

Aqui discutiremos de que maneiras o jovem se insere na cultura de consumo, como consumidor e como produtor de cultura e identidades a partir daquilo que consome. O objetivo é redirecionar a discussão do consumo e do consumismo focando especificamente o universo das práticas juvenis de consumo. É importante enfatizar, entretanto, que esse universo é plural e multifacetado, ou seja, embora possamos nos referir a um conjunto de pessoas como “jovens”, em função de sua faixa etária, o seu comportamento em relação ao consumo não é o mesmo e não pode ser generalizado, seja para determinada cultura, país ou mesmo geração. Queremos dizer com isso que, apesar de a indústria de consumo de massa produzir artigos em série para ser consumidos igualmente por um grande número de pessoas, a forma como nos apropriamos desses objetos varia em função do contexto social, econômico, histórico, regional e cultural em que nos encontramos.

Em outras palavras, as pessoas têm poder de decisão sobre o que desejam comprar e fazer com os objetos que adquirem. Por essa razão, muitos produtos nem sempre “emplacam” quando são lançados no mercado; outros fazem mais sucesso do que o esperado e, às vezes, damos outros usos a objetos cujo propósito inicial não era aquele que imaginávamos. A criatividade e a inventividade humana operam de forma dialógica com a indústria da propaganda e do consumo, e todo consumidor pode agir como interlocutor nesse diálogo, pois é ele quem compra.

Analisaremos, assim, como os jovens participam desse processo a partir da seguinte questão: Apesar de tanta gente usar os mesmos produtos, você acha que todo mundo aqui se veste igual, usa o mesmo modelo de telefone celular ou de tablet? Por quê?

Apesar de todos consumirem mais ou menos os mesmos produtos, não os consomem da mesma maneira. Os estudantes e trabalhadores vão à escola ou ao trabalho vestidos de forma diferente entre si e cada um procura desenvolver um estilo próprio de combinar acessórios e produtos.

Jovens e cultura

Hoje é comum nos referirmos às pessoas entre 13 e 30 anos como jovens. Essa delimitação, às vezes, se estende às pessoas um pouco mais velhas ou mesmo mais novas.

Podemos, inclusive, utilizar o termo “jovem” em vez de “adolescente”. Isso ocorre porque não há uma definição muito precisa de quando começa a idade “jovem”, tampouco de quando ela termina. O aspecto mais relevante a ser destacado é que os jovens não são todos iguais. No Brasil, essa realidade parece evidente do ponto de vista sociodemográfico em função das enormes desigualdades sociais ainda vigentes em nosso país. Porém, o que é interessante apontar, além das diferenças que podemos observar em relação à origem social dos jovens, ao sexo, ao local de moradia, ao grau de escolaridade, e a outros fatores, são as diversidades quanto aos hábitos de consumo, às práticas de lazer e de fruição, assim como às de produção de cultura e de identidade.

Embora os interesses, os hábitos de lazer e o comportamento das pessoas mais novas, em geral, tendam a ser diferentes daqueles das pessoas mais velhas, até a década de 1950, aproximadamente, não se podia dizer que os jovens se destacavam como possuidores de uma “cultura própria”, ou como consumidores de produtos específicos para sua faixa etária e praticantes de atividades de lazer circunscritas a eles. Ser jovem era mais uma fase da vida antes de se tornar adulto, com suas fragilidades e especificidades. O jovem precisava ser “preparado” para se tornar um cidadão, segundo determinados padrões considerados adequados, dependendo da sociedade na qual estava inserido.

Esse quadro começou a mudar com o surgimento da cultura e da comunicação de massa, após a Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos foram o primeiro país a se beneficiar do novo ciclo de desenvolvimento industrial que deslanchou com o final da guerra, quando houve ampla diversificação da produção e o aumento significativo dos níveis de emprego e dos benefícios do Estado de Bem-Estar Social. Esse período também foi caracterizado pelo crescimento do consumo, ampliado pela criação de novos bens e crescente importância dos meios de comunicação.

Nessa época, a escolaridade obrigatória foi estendida e houve significativa expansão da oferta de empregos para os jovens recém-saídos do sistema educacional. Tais condições sociais e econômicas proporcionaram a emergência de novos estilos juvenis de vida.

Para ampliar um pouco mais a compreensão desse tema leia o texto a seguir:

O aumento da disponibilidade e da procura por diversão e por elementos diferenciados de consumo provoca rápida resposta por parte da indústria, do comércio e da publicidade, que passa a produzir bens específicos para esse público, alimentando o espraiamento dos novos hábitos. Está montado, assim, o cenário de uma juventude fundamentalmente ligada ao seu tempo de lazer; em lanchonetes ouve rock-’n’-roll em jukebox (máquina parcialmente automatizada capaz de selecionar discos ou faixas de discos inserindo-se moedas e selecionando-se as músicas que se deseja ouvir) ou programas de auditório; consome novas mercadorias, de guloseimas (refrigerantes, chicletes etc.) a roupas (jeans, jaqueta de couro) e meios de locomoção (a motocicleta), todos marcada e distintivamente juvenis. Esses elementos aparecem como característicos de um novo padrão de comportamento – que inclui maior liberdade e autonomia para os jovens – interpretado como uma diminuição geral da autoridade e controle paternos, paralelamente a uma valorização do prazer e do consumo como fontes de gratificação imediata.
(ABRAMO, Helena Wendel. Cenas juvenis: punks e darks no cenário urbano. São Paulo: Página Aberta, 1994. p. 29)

As respostas dos jovens à emergente cultura de consumo foram muito diversificadas. Isso ocorreu porque a forma como os diferentes grupos sociais tiveram contato com essa nova cultura variou conforme o país, a região e também a classe social de origem. Nem todos tinham acesso aos produtos que chegavam dos Estados Unidos. Não ter acesso àquilo que é veiculado pela mídia causa insatisfação; ao mesmo tempo, ser igual a todo mundo não é o que toda gente quer. A necessidade de se distinguir no meio da “massa de jovens” e de novos “modismos” contribuiu para o surgimento de inúmeros movimentos de contestação, que tinham como objetivo chamar a atenção da sociedade por meio da marcação das diferenças.

Alguns dos mais importantes movimentos de contracultura, que apareceram entre as décadas de 1950 e 1960, foram os movimentos beatnik (os jovens beatniks estadunidenses buscavam um estilo próprio, centrado na expressividade, na criatividade, na experimentação poética e sexual, na maconha e no jazz, tomando de empréstimo elementos do niilismo e do misticismo) e o movimento hippie (iniciado nos Estados Unidos e que depois se difundiu internacionalmente). Pregava a experimentação psicodélica e sexual, o orientalismo, o nomadismo, o culto à espontaneidade, além de propor formas de sociedade alternativas baseadas em comunidades com cooperativas próprias de produção e consumo, canais de comunicação, critérios estéticos, linguagens, formas de alimentação e rituais.

Para ampliar mais a discussão colocamos as questões: Como os diferentes grupos de jovens buscam se diferenciar entre si? Qual é a lógica que explica a formação de movimentos, tipos, estilos e tendências tão diversos entre os jovens?

A lógica por detrás da marcação das diferenças entre os grupos de jovens que buscam ora seguir as tendências da moda, ora se contrapor ao contexto político e social vigente, opera de várias formas:

·         por meio do lazer: grupos de colegas e amigos que se reúnem em seu tempo de lazer a fim de se divertirem juntos. Desenvolvem estilos próprios de vestuário, cheios de simbolismos, e elegem elementos privilegiados de consumo, que se tornam também simbólicos e em torno dos quais criam identidades distintas;

·         por meio da contestação: outros grupos de jovens que, reunidos por afinidades de classe e origem social, buscam elaborar uma resposta diferenciada daquelas disponíveis, apropriando-se de forma peculiar de objetos providos pelo mercado ou pela indústria cultural. Ao lhes atribuir novos significados, a partir da inversão do seu uso original ou da reunião de objetos díspares em um conjunto inusitado cujo propósito é causar estranheza, criam estilos divergentes em contraposição a outros grupos sociais;

·         por meio da música: o consumo de diferentes estilos musicais é um dos aspectos fundamentais na formação de grupos de jovens que se reúnem para ouvir, tocar, compor e se apresentar em conformidade com o tipo de música de sua preferência. O estilo musical, além de funcionar como marcação identitária, serve para comunicar e expressar ideologias políticas, filosofias de vida, modos de pensar sobre a realidade, manifestações sobre sentimentos em relação aos problemas sociais vivenciados no cotidiano, denúncias, protestos etc.

Dessa forma compreendemos os meios pelos quais os jovens procuram construir suas identidades.

Um dos exemplos mais expressivos dessa combinação da música com ideologias políticas, filosofias de vida e os outros aspectos foi o aparecimento dos grupos de jovens punks, na Inglaterra, entre 1976 e 1977. Para entender as origens e o significado de punk, leia o texto a seguir:

A música punk aparece como uma reação ao estrelismo do rock progressivo imperante nos anos 70, que necessitava de um enorme esquema empresarial e envolvia muito dinheiro; aparece como busca de uma música simples e rudimentar, sem necessidade de grandes aparatos e virtuosismo, que qualquer garoto com vontade de divertir-se e expressar-se pudesse fazer: o “lema” da proposta musical é justamente o do it yourself (faça você mesmo), com os recursos disponíveis, por mais rudimentares que sejam. O punk aparece então como uma música ágil e “autêntica”, ligada às experiências dos jovens no cotidiano das ruas: uma música que faz sentido de novo para os jovens e suas experiências reais. [...] Em torno dessa proposta musical, articula-se toda uma estética baseada nos mesmos princípios, isto é, a utilização de materiais rudimentares, desvalorizados, provenientes do lixo urbano e industrial: tecidos de plástico, calças rasgadas, meias furadas, camisetas semidestruídas, peças de roupa fora de moda. O estilo compõe uma aparência estranha e agressiva, de jovens “pobres” e “mal-intencionados”. Punk é um termo da língua inglesa que quer dizer madeira podre, mas que também serve para designar coisas sem valor ou pessoas desqualificadas.
(ABRAMO, Helena Wendel. Cenas juvenis: punks e darks no cenário urbano. São Paulo: Página Aberta, 1994. p. 44)

Os punks são apenas um dos diversos grupos de jovens que emergiram na segunda metade do século XX como forma de contestação à indústria de consumo de massa e ao estilo musical dominante do rock-’n’-roll estadunidense. Desde então, inúmeras formas de manifestação e expressão, baseadas em práticas de lazer, estilos visuais, filosofias de vida, gostos musicais, dança, grafite, performance e outros, surgem e desaparecem no espaço da escola, da comunidade, do bairro e da cidade.

A seguir, apresentaremos alguns desses grupos contemporâneos, identificados por pesquisadores brasileiros em contextos urbanos no Brasil. É importante que você enfatize que esses grupos de jovens muitas vezes compartilham valores, hábitos e filosofias que atravessam fronteiras. A mesma música que eles ouvem pode ser ouvida nas rádios em diversos locais do país, e pode ser apropriada por jovens tanto no interior do Estado como na capital. Por essa razão, algumas práticas serão familiares, outras serão estranhas e engraçadas. O objetivo de apresentar esses grupos é propiciar a oportunidade tanto do estranhamento quanto do reconhecimento, a partir da identificação de características em comum e distintivas, que aproximam e distinguem jovens que compartilham uma mesma cultura de consumo. No Brasil, existem diversos grupos de jovens espalhados por todas as cidades que se identificam das mais variadas formas e podem ser encontrados em comunidades que atravessam fronteiras, por meio da internet e dos sites de relacionamento, dos blogs, das comunidades virtuais, entre outras.

Os textos a seguir, podem ajudá-los a reconhecer alguns desses grupos.

·         Hip-hop: cultura inventada por jovens afro-americanos a partir de influência afro-jamaicana, hoje difundida no mundo todo. Os vértices da cultura hip-hop são o break (dança), o grafite (pintura) ou a prática de DJ (música). E seus elementos constitutivos, o DJ (instrumentista), o MC (mestre de cerimônia ou rap-rapper), o B-boy (dançarino de rua) e o grafiteiro (interessado na expressão gráfica da cultura urbana). Essa associação ocorreu por causa do interesse dos jovens pela música mais falada que cantada (rappers e também cantores de R&B – rhythm and blues), pela discotecagem e produção de música a partir de fragmentos ou samples (DJs), por estilos de street dance (B-boys), pela organização e produção de eventos (MCs) e pela expressão gráfica com um sentido estético diferenciado (grafite). Criado como manifestação de um estilo de vida que confronta certos valores tradicionais, o hip-hop também abrange a reflexão e a discussão sobre questões raciais, sociais e políticas.

·         Gótico: o termo foi usado no final dos anos 1970, na Inglaterra, para definir um estilo musical. Posteriormente, já na metade dos anos 1980, era associado à música pós-punk. Chegou ao Brasil em 1985, ainda chamado de dark, do qual se distinguiu no início dos anos 1990. “A identidade gótica se constitui em torno de um núcleo: a morte. A morte permeia toda a produção artística do grupo; é a razão do horror, do sobrenatural e do obscuro. A marca da morte está nos rostos pintados de branco com olhos e bocas ressaltados, na cor preta das roupas, nos símbolos religiosos utilizados como acessórios, e é a inscrição do grupo no corpo do indivíduo, e o símbolo que o identifica diante de outros grupos. [...] Símbolos religiosos e esotéricos (como a cruz cristã, o ankh egípcio e o pentagrama) formam outro conjunto importante de elementos constituintes da identidade do grupo gótico. Esses símbolos são usados como adornos – colares, brincos, tatuagens etc. – e permeiam a produção artística dos góticos. [...] Outras características marcantes do grupo gótico são sua relação com a arte e com a sexualidade e sua postura não agressiva. [...] O grupo se orgulha de ser pacífico e de não brigar com outros grupos.”
(BOURDOUKAN, Adla. Carpe Noctem: góticos na internet. In: MAGNANI, J. G. C.; SOUZA, B. M. de (Orgs.). Jovens na metrópole: etnografias de circuitos de lazer, encontro e sociabilidade. São Paulo: Terceiro Nome, 2007. p. 71-73)

·         Straight edge: o termo não tem tradução precisa, mas numa tradução livre para o português quer dizer “caminho correto”. Trata-se de um movimento descendente do punk e do hardcore estadunidenses, cujos preceitos se estruturam a partir da música, mas vão muito além dela. Uma das principais características dos straight edges era a recusa do comportamento considerado destrutivo dos punks, especialmente o consumo de álcool e drogas. “Assim, manter-se, ‘sóbrio’, era fundamental para a tarefa de propor alternativas de mudanças, algo que é classificado como uma atitude mais positiva frente à situação. Logo, aqueles que faziam a opção por não consumir tais substâncias em função desse julgamento passaram a utilizar o termo straight edge, para designar a si próprios, e marcar as costas das mãos com ‘X’ – código utilizado em alguns bares norte-americanos para distinguir quem não pode consumir bebidas alcoólicas por ser menor de idade. [...] A oposição ao uso de drogas ainda é representada por meio das expressões ‘drug free’ (livre de drogas) e, ‘drugs are for losers’, (drogas são para perdedores) frequentemente estampadas em camisetas. Aos poucos outros elementos foram sendo incorporados e passaram a fazer parte do comportamento dos straight edges, entre eles o vegetarianismo, num primeiro momento, e, posteriormente, o ‘veganismo’, segundo o qual nenhum alimento ou produto que contenha qualquer substância derivada de animais é passível de consumo.”
(SOUZA, Bruna Mantese de. Straight edges e suas relações na cidade. In: MAGNANI, J. G. C.; SOUZA, B. M. de (Orgs.). Jovens na metrópole: etnografias de circuitos de lazer, encontro e sociabilidade. São Paulo: Terceiro Nome, 2007. p. 25-26)

·         Forrozeiro: prática de lazer tradicional da cultura nordestina, virou moda entre estudantes universitários paulistanos, que passaram a frequentar bailes de forró, criando novos estilos musicais e de dança, diferentes dos forrós existentes. “É possível reconhecer facilmente uma forrozeira pela sua vestimenta. Ela geralmente usa saia, rodada e solta, curta ou longa. O importante é permitir a liberdade de movimento das pernas, para não atrapalhar na hora de dançar. São vários os tipos de tecidos, predominando os de cores fortes e quentes, como o vermelho, amarelo e laranja, além do uso constante de estampas florais. [...] Como a principal atividade do forró é a dança, a sapatilha indica quem é que sabe ou não dançar. A pessoa nem precisa saber todos os passos de dança, mas o uso da sapatilha demonstra que ela conhece as regras do lugar. [...] Para os homens, bermudas largas ou calças largas e confortáveis e camisetas leves de algodão, que costumam ser estampadas com nomes de bandas e de eventos ligados ao forró. [...] O estilo das bandas que se apresentam no forró universitário, segundo os forrozeiros, é o chamado, ‘pé de serra’,. Esse é um dado importante, ressaltado por seus usuários e produtores, que serve para diferenciá-lo dos forrós ‘risca-faca’.”
(ALFONSI, Daniela do Amaral. O forró universitário em São Paulo. In: MAGNANI, J. G. C.; SOUZA, B. M. (Orgs.). Jovens na metrópole: etnografias de circuitos de lazer, encontro e sociabilidade. São Paulo: Terceiro Nome, 2007. p. 47-48)

Jovens e consumo

Procuraremos aqui desenvolver uma atividade interativa a fim de propiciar o estranhamento em relação às formas como eles mesmos se apropriam dos produtos disponíveis no mercado de consumo, do que é difundido na indústria cultural pelos meios de comunicação de massa (música, programas de televisão, cinema, arte, literatura, internet) e, a partir disso, desenvolvem estilos próprios de se vestir, de se comunicar, de se expressar e de se identificar como jovens.

Para isso, propomos o preenchimento do questionário a seguir. O propósito das perguntas é levar à reflexão a respeito das práticas individuais e grupais em relação aos hábitos de se vestir, de se divertir, de consumir e de produzir cultura. Embora sejam individuais, os questionários devem ser trabalhados em grupo, de modo que percebam quais são as semelhanças e as diferenças que mantêm entre si e identifiquem se existem práticas ou estilos que podem ser caracterizados como próprios do grupo.

Isso possibilita a ampliação das possibilidades de troca de informações, descobertas e identificações.


Questionário:

O objetivo deste questionário é traçar um perfil dos seus hábitos e costumes em relação ao lazer, ao consumo e às práticas culturais. Procure responder às perguntas a seguir com as alternativas que mais se aproximam da sua realidade. Não existem respostas certas ou erradas. Afinal, quem mais tem conhecimento sobre você é você mesmo. Quando terminar, procure descobrir o quanto você é parecido com seus colegas, amigos e familiares; ou se você é mesmo muito diferente deles. Então, qual é a “sua praia”?

Parte 1 – Identificação
Nome:
Idade: Sexo: ( ) masculino ( ) feminino
Escola onde estuda:
Série em que está: Classe:
Período em que estuda: ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite

Parte 2 – Uso do tempo
1. Por dia, quanto tempo você dedica às seguintes atividades:
a) Estar na escola? ( ) Até 3 horas
( ) De 3 a 4 hor as
( ) De 4 a 6 hor as
( ) Mais de 6 horas
b) Fazer a lição de casa/estudar? ( ) Menos de meia hora
( ) Entre 30 minutos e 1 hora
( ) De 1 a 2 hor as
( ) Mais de 2 horas
c) Trabalhar? ( ) Não trabalho
( ) Até 3 horas
( ) De 3 a 4 hor as
( ) De 4 a 6 hor as
( ) Mais de 6 horas
d) Atividades domésticas? ( ) Não realizo atividades domésticas
( ) Até 3 horas
( ) De 3 a 4 hor as
( ) De 4 a 6 hor as
( ) Mais de 6 horas
e) Dormir? ( ) Até 4 horas
( ) De 4 a 6 hor as
( ) De 6 a 7 hor as
( ) 7 horas ou mais


Parte 3 – Tempo livre
2. Durante a semana, quando você tem tempo livre para desenvolver atividades de lazer, descansar ou simplesmente não fazer nada?
( ) Todos os dias
( ) Apenas nos dias úteis
( ) Somente nos fins de semana
( ) Nunca tenho tempo livre
3. De quanto tempo livre você dispõe durante a semana para desenvolver atividades de lazer, descansar ou simplesmente não fazer nada?
( ) Nenhum
( ) 1 hora
( ) 2 horas
( ) Até 4 horas
( ) Mais de 4 horas
4. De quanto tempo livre você dispõe no fim de semana para desenvolver atividades de lazer, descansar ou simplesmente não fazer nada?
( ) Nenhum
( ) Só o domingo
( ) Parte do sábado e o domingo
( ) Todo o fim de semana
( ) Somente à noite

Parte 4 – Atividades de lazer
5. Quando você não está estudando, trabalhando ou ajudando no serviço de casa, o que você gosta de fazer ou consegue fazer no seu tempo livre? Pode marcar mais de uma resposta.
( ) Nada
( ) Assistir à TV
( ) Ouvir música
( ) Sair
( ) Estar com os amigos
( ) Navegar na internet
( ) Praticar esportes
( ) Namorar
( ) Outras. Quais?
6. Que tipo de lugar você costuma frequentar no seu tempo livre? Pode marcar mais de uma resposta.
( ) Fico na rua
( ) Quadra esportiva/campo de futebol
( ) Praça/parque
( ) Cinema
( ) Teatro
( ) Shopping
( ) Igreja/templo
( ) Museu
( ) Danceteria
( ) Outros. Quais?

Parte 5 – Consumo e produção de cultura
7. Qual é o seu tipo de música preferido? Pode marcar mais de uma resposta.
( ) Rock
( ) Heavy metal
( ) Samba
( ) Axé
( ) Pagode
( ) Sertanejo
( ) Jazz
( ) Reggae
( ) Forró
( ) Rap
( ) Outros. Quais?

Parte 5 – Consumo e produção de cultura
8. Você toca em alguma banda ou grupo musical? Em caso de resposta afirmativa, que instrumento você toca e qual é o estilo de música do seu grupo?
9. Qual é o seu tipo de pr ograma de TV favorito? Pode marcar mais de uma resposta.
( ) Não costumo assistir à TV
( ) Noticiário
( ) Novela
( ) Entrevista
( ) Programa de auditório
( ) Reality show
( ) Videoclipe
( ) Filme
( ) Série
( ) Desenho animado
( ) Documentário
( ) Programa esportivo
( ) Outros. Quais?
10. Qual é o seu tipo de filme favorito? Pode marcar mais de uma resposta.
( ) Não tenho um tipo favorito
( ) Suspense
( ) Ação
( ) Dr ama
( ) Romance
( ) Aventura
( ) Terror
( ) Comédia
( ) Infantil
( ) Outros. Quais?
11. O que você gosta de ler? Pode marcar mais de uma resposta.
( ) Não tenho o hábito de ler
( ) Jornal
( ) Revista
( ) Fanzine
( ) História em quadrinhos
( ) Mangá
( ) Livro
( ) Outros. Quais?
12. O que você gosta de fazer na internet? Pode marcar mais de uma resposta.
( ) Não costumo acessar a internet
( ) Ver e-mails
( ) Conversar com os amigos por meio das ferramentas de bate-papo
( ) Acessar redes sociais
( ) Entrar em salas de chat
( ) Fazer pesquisa
( ) Baixar músicas
( ) Baixar fi lmes
( ) Jogar on-line
( ) Outros. Quais?

Parte 5 – Consumo e produção de cultura
13. Você desenvolve ou pratica alguma atividade cultural, como, por exemplo, faz parte de um grupo de teatro, joga capoeira, dança ou canta? Em caso de resposta afirmativa, descreva quais são as atividades que você pratica e por quê.

Parte 6 – Estilo pessoal
14. Descreva o seu jeito básico de se vestir (inclua roupas, acessórios e maquiagem, se for o caso) quando você:
a) Vem para a escola:
b) Sai com seus amigos:
c) Sai com seu(sua) namorado(a) ou sua família:


Se as diferenças são grandes o suficiente para afastá-los ou aproximá-los da convivência cotidiana ou se é possível descobrir coisas em comum e partilhar experiências.

Espera-se a compreensão do papel da indústria de consumo e da cultura de massa na formação de uma nova condição juvenil, a partir da década de 1950, nos Estados Unidos, desencadeando novas possibilidades de vivenciar e experimentar as práticas de lazer, a música, o consumo de massa e as oportunidades de vida oferecidas na época. Além disso, devem ter adquirido uma noção inicial de como os jovens podem se relacionar das formas mais variadas possíveis com a cultura, o mercado, os meios de comunicação e a produção em massa de produtos direcionados a eles, reivindicando espaços próprios de contestação, manifestação e marcação de identidades.

Por fim, deve ter percebido de que formas são capazes de fazer isso a partir dos próprios hábitos e práticas cotidianas em relação à cultura, ao lazer e ao consumo.

Questões:

1.       Você conhece algum dos grupos/movimentos mencionados? Quais?
2.       Quais são as atividades desenvolvidas pelos jovens que atuam no hip-hop? Qual é o principal tipo de música difundido por esse movimento?
3.       Com quais elementos e objetos os jovens que se identificam como góticos constroem sua identidade?
4.       Analise as opções de consumo dos straight edges e explique como, por meio de suas escolhas de consumo, eles conseguem expressar sua ideologia.
5.       Produção de um trabalho individual que expresse de maneira criativa o modo de ser e de pensar dos jovens. Esse trabalho pode resultar em qualquer forma de expressão artística, desde um texto em prosa, como uma narrativa, por exemplo, até uma poesia, uma letra de música, um desenho, uma pintura, uma colagem, um painel, um curta-metragem em DVD, uma composição ou no caso dos grupos de jovens que tocam em uma banda, em uma apresentação musical, a ser combinada previamente com a direção da escola. O trabalho tem por objetivo provocar a reflexão e o estranhamento do jovem em relação a si próprio como consumidor e produtor de cultura, de modo a buscar o reconhecimento e a expressão dos elementos que operam como marcas identitárias, desde os adereços até a postura corporal, dos hábitos de consumo à filosofia de vida. Neste trabalho, deve-se refletir e identificar os elementos que utiliza para criar seu estilo, para distinguir-se dos outros e, principalmente, expressar seu jeito de ser e de pensar. A reflexão deve incluir tudo: desde o que ele usa no seu dia a dia (roupas, acessórios, objetos pessoais) até a sua postura corporal; o que costuma comprar, fazer, dizer e praticar. O resultado deve proporcionar não apenas uma apreciação estética, como também um meio de expressar as razões (o porquê) de ele se identificar dessa forma.
6.       Desenvolva um texto dissertativo em que reflita sobre a relação entre o jovem e o consumo, argumentando sobre os seguintes aspectos: (a) a necessidade de ter determinados objetos; (b) a importância de marcar as diferenças entre os grupos de jovens pelos lugares que você frequenta, por aquilo que você usa e por aquilo que faz; (c) os conflitos derivados da impossibilidade de consumir sem ter dinheiro.

Como explicar e entender a “liberdade de escolha” no mundo em que vivemos?

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