A greve é um dos instrumentos mais utilizados pelos trabalhadores e uma poderosa arma de reivindicação na sociedade capitalista.
Ao analisar o movimento operário e a greve temos:
* Para Émile Durkheim: todo
conflito é resultado da inexistência de regras e normas que regulem as
atividades produtivas e a organização das várias categorias profissionais; a
questão social é também moral, pois envolve ideias e valores divergentes dos da
consciência coletiva; uma sociedade dividida não pode ser normal.
* Para Karl Marx: a greve é
a expressão mais visível da luta de classes entre a burguesia e o proletariado;
o trabalhador representa a força de trabalho e o empresário representa o
capital; cabe ao Estado regular a relação entre trabalho e capital. O Estado
também age com a força policial para reprimir os trabalhadores em nome da
normalidade e da paz social.
Na perspectiva de Marx,
em uma greve questionam-se não só as condições de exploração em que vivem os
trabalhadores, mas também a ação do Estado. Na fotografia de 2004, servidores
públicos em greve defrontam a tropa de choque durante manifestação em Recife,
Pernambuco.
A
industrialização e as greves
As greves trabalhistas
existem desde o início do processo de industrialização. Os trabalhadores sempre
lutaram por melhores salários. Aos poucos, passaram a visar à conquista ou
efetivação de direitos, principalmente os sociais. Também houve a preocupação
de discutir questões mais gerais, como as políticas econômicas que geram o
desemprego.
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Fonte: TOMAZI, Nelson Dácio. Conecte: sociologia para o ensino médio:
sociologia / caderno de revisão. Saraiva: 2014, pg. 64