Anomia quer dizer ausência de normas ou regras de organização.
Uma sociedade anômica, em que o sentimento de desregramento é mais forte que o de orientação com base em regras, corre o risco de desintegração.
O conceito de anomia foi associado mais fortemente a Émile Durkheim, mas outros autores também o utilizaram, cada qual dotando-o de um significado diferente.
Na obra do próprio Durkheim, o conceito de anomia não é empregado sempre da mesma forma.
Em A divisão do trabalho social, Durkheim apresenta a noção de anomia associada ao sistema de divisão de trabalho que caracteriza as sociedades industriais.
Já em O suicídio, fundamenta a anomia em duas dicotomias: egoísmo-altruísmo e anomia-fatalismo. As pessoas serão tanto mais egoístas quanto mais suas ações forem pautadas pelo livre-arbítrio, e não por valores e normas coletivas; e serão tanto mais altruístas quando o inverso for verdade.
A anomia ocorrerá quando as ações dos indivíduos não forem mais reguladas por normas claras e coercitivas, e haverá fatalismo quando as normas limitarem ao estremo a autonomia do indivíduo para escolher meios e fins.
Com isso, Durkheim indica que a complexidade crescente dos sistemas sociais leva à individualização crescente dos membros da sociedade e a maior desregramento.
Fonte:
TEMPOS MODERNOS, TEMPO DE SOCIOLOGIA: Ensino Médio: volume único/Helena Bomeby... [et al.] (coordenação) - 2. ed. - São Paulo: Editora do Brasil, 2013.
Uma sociedade anômica, em que o sentimento de desregramento é mais forte que o de orientação com base em regras, corre o risco de desintegração.
O conceito de anomia foi associado mais fortemente a Émile Durkheim, mas outros autores também o utilizaram, cada qual dotando-o de um significado diferente.
Na obra do próprio Durkheim, o conceito de anomia não é empregado sempre da mesma forma.
Em A divisão do trabalho social, Durkheim apresenta a noção de anomia associada ao sistema de divisão de trabalho que caracteriza as sociedades industriais.
Já em O suicídio, fundamenta a anomia em duas dicotomias: egoísmo-altruísmo e anomia-fatalismo. As pessoas serão tanto mais egoístas quanto mais suas ações forem pautadas pelo livre-arbítrio, e não por valores e normas coletivas; e serão tanto mais altruístas quando o inverso for verdade.
A anomia ocorrerá quando as ações dos indivíduos não forem mais reguladas por normas claras e coercitivas, e haverá fatalismo quando as normas limitarem ao estremo a autonomia do indivíduo para escolher meios e fins.
Com isso, Durkheim indica que a complexidade crescente dos sistemas sociais leva à individualização crescente dos membros da sociedade e a maior desregramento.
Fonte:
TEMPOS MODERNOS, TEMPO DE SOCIOLOGIA: Ensino Médio: volume único/Helena Bomeby... [et al.] (coordenação) - 2. ed. - São Paulo: Editora do Brasil, 2013.