O primeiro processo fundamental ao qual
todo ser humano é submetido desde o nascimento é a socialização. Esse conceito, central para
a Sociologia, é tratado de diversas maneiras por diferentes autores, de modo que
não há uma única concepção do que seja a socialização. Mesmo assim, é possível
nos atermos a algumas de suas características fundamentais, sem as quais esse
processo não pode ser compreendido.
O propósito é entender a ideia de como,
onde e quando passamos a viver em sociedade. A partir de um exercício de
estranhamento em relação à inserção das pessoas em seus grupos de origem e de
convivência cotidiana e às suas trajetórias pessoais, pretendemos levá-los a
perceber a dinâmica do processo de socialização.
Desse modo, procuraremos
desnaturalizar a nossa percepção das relações entre pais, filhos e irmãos,
entre seus pares no cotidiano escolar e de suas comunidades (bairro, vizinhança,
igreja e/ou outros espaços de sociabilidade), destacando as formas como agimos
e reagimos em relação aos outros.
O objetivo é evidenciar que o comportamento diante
do outro não é natural, mas culturalmente construído a partir de um conjunto
de informações que interiorizamos à medida que convivemos com o outro
(familiares, amigos, professores etc.), e salientar que esse comportamento é
também condicionado pelas expectativas que nutrimos em relação ao modo como
queremos ser aceitos e integrados em sociedade.