segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Escolas precisam mudar para reagir à violência, defendem especialistas


Escolas precisam mudar para reagir à violência, defendem especialistas

Com um novo caso de violência escolar –em que um aluno de dez anos atirou em uma professora em São Caetano do Sul (SP) e se matou–, o debate sobre como lidar com o problema volta à tona. Especialistas ouvidos pelo UOL Educação afirmam: as escolas precisam mudar para tentar evitar novos episódios. Essas mudanças também passam, dizem, pela família e pela formação do professor.

“A escola precisa mudar muito. Precisa evoluir muito em questões pedagógicas, nos métodos de ensino, no próprio relacionamento dos professores com os alunos”, afirma o professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) Evandro Camargos Teixeira. Ele defendeu, neste ano, uma tese de doutorado sobre as relações entre violência e abandono e desempenho escolar.

“Não é uma questão de coerção. Isso não vai acabar com o problema. Não adianta colocar a polícia. Ela vai lá para tentar resolver o problema que acabou de acontecer. É [preciso] uma política de conscientização de todos os setores”, afirma Teixeira.

Para Paulo Carrano, professor da Faculdade de Educação da UFF (Universidade Federal Fluminense), não houve muitas mudanças nas escolas nos últimos anos. “A disciplina escolar não mudou muito, a disposição das carteiras [na sala] não mudou muito”, diz.
Professor

Essas mudanças, afirma Carrano, também devem passar pelo professor. “O ‘manda quem pode, obedece quem tem juízo’, tem que ter lugar a outro tipo de autoridade. Os professores mais escutados [pelos alunos] são os que têm a autoridade do saber, que sabem o que estão dizendo, e os que têm a autoridade do afeto, que escutam, que dão valor às experiências que os alunos já trazem. O que consegue juntar as duas é o melhor professor.”

De acordo com o especialista, é preciso um esforço para entender as razões das atitudes violentas. “Os episódios de violência contra os professores poderiam de fatos ser diminuídos com ações que investissem mais na busca da compreensão de porque que surge o fenômeno da violência, do bullying. Se a gente não entender o que gera esse comportamento, não vamos ter soluções eficazes”, diz Carrano.
Família

Evandro Teixeira afirma também que é fundamental um acompanhamento de perto da família. “O próprio aluno se sente mais seguro ase a própria família está participando”, diz. Carrano concorda: “As crianças reproduzem aquilo que elas levam. Se as boas maneiras não aconteceram na família, a escola tem um problema.”

Fonte: Uol Educação

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

ONU pede ao mundo que fuja dos políticos que alimentam o racismo


ONU pede ao mundo que fuja dos políticos que alimentam o racismo

Nações Unidas, 22 set (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira à sociedade civil que fuja dos "políticos extremistas" que alimentam o racismo e a xenofobia, principalmente em difíceis momentos econômicos como os atuais.

"Devemos resistir aos políticos que polarizam (posições e) que jogam com os medos das pessoas e utilizam estereótipos para ganhar vantagem eleitoral", afirmou Ban durante a comemoração na Assembleia Geral da ONU do 10º aniversário da Declaração de Durban contra o racismo e a xenofobia.

O principal responsável das Nações Unidas criticou duramente os que usam a política para turvar o ambiente social e conquistar benefícios eleitorais atacando "as minorias e os grupos mais vulneráveis".

"Os Governos têm de garantir que situações como o desemprego e a deterioração dos padrões de vida não forneçam desculpas para atacar aos grupos vulneráveis", indicou Ban, quem reconheceu que "as épocas difíceis econômicas" agravam os problemas racistas em todas as sociedades.

Com a presença de chefes de Estado e de Governo, Ban assegurou que, passados dez anos da assinatura da Declaração de Durban, avançou-se em inúmeros aspectos, mas reconheceu que "a intolerância aumentou em muitas partes do mundo".

Ao final do encontro, no qual também discursou a Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, o organismo internacional aprovou novamente seu compromisso contra o racismo com um documento com recomendações contra o racismo.

O secretário-geral apelou pelo fim de qualquer forma de discriminação, "contra os africanos, asiáticos, os indígenas, os imigrantes, refugiados e toda minoria, como o povo romani".

Ele encorajou a acabar com o antissemitismo, a islamofobia, a discriminação contra os cristãos, assim como com qualquer atitude negativa em direção a "raça, cor, língua, opinião política", da mesma forma que de gênero e orientação sexual.

Ban referiu-se a polêmica que acompanha a Declaração de Durban desde o nascimento em 2001, quando Estados Unidos e Israel, entre outros, abandonaram a conferência ao considerar que Israel estava sendo perseguido, sobretudo em uma resolução que equiparava sionismo com racismo.

A ONU realizou um simpósio sobre racismo no qual Ban Ki-moon participou com o presidente sul-africano, Jacob Zuma, que louvaram o papel de Nelson Mandela na luta contra o racismo.

Paralelo aos atos da ONU ocorreu em Nova York uma cúpula oposicionista, organizada pelo Instituto Hudson e o Instituto de Direitos Humanos e o Holocausto da Universidade de Touro, em protesto à comemoração do 10º aniversário da declaração. EFE


Fonte: Yahoo! Notícias

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Ações libertam 54 trabalhadores de fazendas de pecuária


Ações libertam 54 trabalhadores de fazendas de pecuária

Ao todo, 54 trabalhadores rurais - entre eles, sete adolescentes na faixa de 15 a 16 anos de idade - viviam em condições desumanas em fazendas dedicadas à atividade pecuária bovina em Rondônia e no Acre, na região amazônica

Por Bianca PylO trabalho em condições análogas à escravidão no serviço de preparo do solo para a pastagem do gado - popularmente conhecido como "roço de juquira" - foi encontrado mais uma vez por fiscalizações po poder público em diversas propriedades da Amazônia. Ao todo, 54 trabalhadores- entre eles, sete adolescentes na faixa de 15 a 16 anos de idade - viviam em condições desumanas em fazendas de pecuária em Rondônia e no Amazonas.



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Nunca pensei que a violência fosse chegar na minha escola


“Nunca pensei que a violência fosse chegar na minha escola”, conta estudante de São Caetano

Veja na íntegra o depoimento de L. A, adolescente de 15 anos, que é aluna da oitava série da Escola Municipal de Ensino Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, onde um aluno atirou contra a professora e, em seguida, se matou, na tarde dessa quinta-feira (22/09).

“Eu estava na troca de aula, esperando o professor fora da sala com mais três amigas, quando ouvimos os estouros, mas nunca imaginamos que fossem tiros. Nessa hora um amigo passou por nós e perguntamos brincando: ‘já sei: você soltou uma bombinha na escola?’. E de repente começou uma gritaria com crianças correndo e chorando. Quando olhei para o corredor vi o menino caído no chão, com a arma em cima dele. Foi horrível!

Os professores levaram a gente para dentro das salas e fecharam as portas dizendo para ficarmos calmos, mas nem eles sabiam o que tinha acontecido. Na hora todo mundo começou a ligar para os pais, chorando. Eu queria muito falar com a minha mãe, mas ela estava em uma reunião importante do trabalho e o secretário não me transferia.

E aí tivemos a notícia do que tinha acontecido. O irmão do menino que morreu estuda na minha sala e começou a passar muito mal, teve que ir para a enfermaria da escola. Ele contou que o irmão não gostava da professora. Eu fiquei muito abalada. Não dá para acreditar que uma coisa dessas pode acontecer na nossa escola.

Aí começaram a chegar resgate, bombeiro. E depois começaram a liberar os alunos, mas só com a presença dos pais. Foi ai que eu consegui falar com a minha mãe e contar o que tinha acontecido. A primeira reação dela foi não acreditar. Ela disse: ‘pare de fazer brincadeiras de mau gosto. Isso é muito grave’. Aí comecei a chorar e ela percebeu que tudo isso tinha acontecido de veradde.

Fiquei com medo de não conseguir ir embora da escola porque minha mãe trabalha em São Paulo e ia demorar muito para chegar. Mas ela me autorizou, por telefone, a ir embora com a mãe de uma amiga. Tinham muito pais falando que iam tirar os filhos da escola.

Antes de ir eu parei na sala dos professores, porque gosto muito da minha professora de geografia e queria saber se ela estava bem. Ela me disse que não lembrava muito da professora que levou o tiro, porque ela é do fundamental 1 e sempre foi muito quieta.

Durante o dia todo eu senti muita tristeza. Não conseguia acreditar que a violência tinha chegado na minha escola, nem que o menino tinha conseguido uma arma e levado para lá.

As aulas foram suspensas nessa sexta-feira. Agora estou tranquila, mas não sei como vai ser na segunda, quando tiver que voltar para lá.”

Fonte: Portal Aprendiz


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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tráfico de Pessoas: 2,5 milhões de vítimas

Tráfico de Pessoas: 2,5 milhões de vítimas

"São graves as questões do Tráfico de Pessoas e do Trabalho Escravo no Brasil”, afirmou o Secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, na abertura do 2º. Seminário Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo que aconteceu no dia 11 de agosto, próximo passado, em Brasília. 
O evento foi promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por meio do setor de Mobilidade Humana, juntamente com o Ministério da Justiça.
O Grupo de trabalho "Tráfico de Pessoas” da CNBB está preocupado com o aumento do número de vítimas. Segundo dados oferecidos pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e CRIME (UNODC): "o tráfico de pessoas é uma das atividades criminosas mais lucrativas, com cerca de 2,5 milhões de vítimas em todo o mundo e movimentando 32 bilhões de dólares por ano”.
Muitas pessoas não têm noções claras sobre em que consiste tráfico de pessoas. Foi definido assim: "O tráfico de pessoas ocorre quando seres humanos são negociados, transportados, recrutados ou aliciados para fins de exploração”. Casos como trabalhos e serviços forçados, exploração sexual, por meio de prostituição, e remoção de órgãos são as mais freqüentes finalidades do tráfico de pessoas.
No Ceará, as vítimas, em sua maioria, são mulheres e adolescentes, de 15 a 25 anos, bem como crianças e homens. Normalmente as vítimas que são iludidas por falsas promessas são pessoas de pouca escolaridade e de baixo nível de classe social.
O modo de aliciamento mais comum é convencer as vítimas com o argumento de uma vida melhor de boa remuneração no exterior ou em outros estados aqui no Brasil.O aliciamento acontece frequentemente em boates, casas noturnas, casas de massagem, motéis e prostíbulos etc.
Os criminosos nesta área também usam classificados em jornais, revistas e até na Internet para enganar as vítimas. É muito importante alertar pessoas contra este terrível crime que tem penas de 3 a 8 anos de reclusão.
Pessoas sempre devem desconfiar de promessas de bons empregos, altos salários, emprego de modelo etc. Se a pessoa vai ao exterior nunca deve entregar o passaporte a pessoas que não são de sua total confiança. É vital também se comunicar com a embaixada ou consulado do Brasil no exterior.
No Ceará o Governo do Estado através da Secretaria de Justiça e Cidadania e o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas estão fazendo um grande esforço para combater este tipo de tráfico e especialmente a exploração sexual.
Há fiscalização constante de barracas de praias, casas noturnas, casas de massagem e outros envolvidos no Tráfico de Pessoas no Ceará. A colaboração é vital no combate o Tráfico de Pessoas. A denúncia é uma das principais maneiras de lutar contra o tráfico de pessoas. É importante juntar informações para a polícia.
O Ministério da Justiça encerrou no último dia 14 de setembro o processo de consulta virtual para a elaboração do 2º. Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O Plano será concluído até o final de 2011 com as estratégias, ações e metas para enfrentar o crime no Brasil.

[Fonte: Arquidiocese de Fortaleza e Adital]


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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A fronteira racial está desaparecendo??!!

A fronteira racial está desaparecendo??!!

WASHINGTON — A proporção de casamentos entre brancos e negros aumentou nos últimos 30 anos nos Estados Unidos, segundo um estudo de sociologia da Universidade de Ohio (norte), publicado nesta quinta-feira.

De acordo com o estudo divulgado na edição de outubro da revista Journal of Marriage and Family, o número de casamentos entre brancos e negros aumentou fortemente, disse Zhenchao Qian, professor de Sociologia que dirigiu a pesquisa, baseada em dados recolhidos entre 1980 e 2008.

Assim, enquanto 5% dos homens negros se casavam com uma mulher branca em 1980, a porcentagem elevou-se para 14% em 2008. Entre as mulheres negras que se casavam com um homem branco, a proporção era de 1% em 1980, frente a 6% em 2008.

O aumento é "inegável, mas o número de casamentos ainda é baixo", disse Qian, comparando a porcentagem de casamentos entre brancos e membros de outros grupos, como os latinos e os americanos de origem asiática, que está em torno de 40%.

"A fronteira racial está desaparecendo, mas ainda existe", disse.

O estudo também observou pela primeira vez um aumento dos casamentos entre negros e brancos altamente educados.


Fonte: AFP Google


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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Verdade da Crise Financeira


A Verdade da Crise Financeira
Através de uma pesquisa extensiva e entrevistas com economistas, políticos e jornalistas, a "Inside Job - A Verdade da Crise", mostra-nos como relações corruptas existentes entre as várias partes da sociedade. Narrado Pelo ator Matt Damon e realizado Por Charles Fergunson, este é o primeiro filme que expõe a verdade acerca da Crise Econômica de 2008. A catástrofe que custou $ 20 trilhões de dólares, fez com que milhões de pessoas tenham perdido suas casas e empregos.
Assista ao vídeo abaixo:




Fonte: Inside Job - A Verdade da Crise Financeira (Legendado PT/BR)



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A Crise do Capitalismo - Hora de Mudar!!

A Crise do Capitalismo - Hora de Mudar!!





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IBGE: Desemprego é o mais baixo e salário, o mais alto


IBGE: Desemprego é o mais baixo e salário, o mais alto

O desemprego e a rendamédia do trabalhador tiveram em julho os melhores resultados já verificados no mês. O primeiro foi o menor (6%) e a segunda (R$ 1.612), a maior, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em junho, o desemprego era de 6,2%, e a queda observada no mês seguinte foi classificada pelo IBGE como “estabilidade”. Em relação a julho de 2010, a desocupação recuou 0,9%, o que significou cerca de 200 mil pessoas a menos em busca de emprego.

No caso do salário, o patamar de julho (R$ 1.612,90) supera em 2,2% o do mês anterior (R$ 1577,89) e em 4%, o de 2010 (R$ 1.550,26). O principal motivo para o crescimento da renda, disse o IBGE, foi o aumento do número de pessoas com carteira assinada. Em julho, o batalhão formal era 10,9 milhões de pessoas, 1,2% acima de junho e 7,1% a mais do que em julho do ano passado.

O IBGE faz esta pesquisa desde 2002 em seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio, São Paulo e Porto Alegre), o que significa que existem mais do que 10 milhões de pessoas com carteira no país.

Os dados reforçam uma situação favorável no emprego que havia sido apontada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo ministério do Trabalho dia 16.

Pelo Caged, houve geração líquida de 140 mil empregos com carteira assinada, apesar de o ministro Carlos Lupi dizer que julho é um mês ruim, por força de férias escolares e entressafra no campo.


Fonte: Correio do Brasil


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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Estudo dos símbolos nacionais entra no currículo do ensino fundamental



Estudo dos símbolos nacionais entra no currículo do ensino fundamental

O estudo dos símbolos nacionais passará a integrar os currículos do ensino fundamental. A inclusão do tema foi sancionada pela presidente da República, Dilma Rousseff, na Lei 12.472/11, publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (2). A mudança na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), no entanto, só entrará em vigor em 90 dias.

A nova lei acrescenta parágrafo à LDB para prever o estudo dos símbolos nacionais – bandeira, hino, armas e selo – como tema transversal do ensino fundamental. Isso significa que o assunto deve ser abordado não como disciplina independente, mas dentro das já existentes.

A Lei 12.472/11 é oriunda de projeto de lei apresentado em 1999 pela então senadora Luzia Toledo (PLS 532/99) e aprovado no mesmo ano pelo Senado. Depois, a proposta seguiu para a Câmara dos Deputados, onde foi aprovada no último mês de junho.


Fonte: Correio do Brasil

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sábado, 3 de setembro de 2011

Educação: O elo perdido entre Educação e trabalho



Educação: O elo perdido entre Educação e trabalho

"O nível de competitividade global de um país depende da capacidade de garantir que seus jovens acessem, permaneçam e concluam o ensino básico"

Apesar da crise internacional, vivemos um momento de grande otimismo. Crescimento com diminuição da desigualdade parece um sonho que vai se tornando realidade. A consolidação desse sonho depende, entretanto, do aumento da escolaridade de nossa juventude.

O nível de competitividade global de um país depende da capacidade de garantir que seus jovens acessem, permaneçam e concluam o ensino básico. Infelizmente, estamos mal na foto. O nível médio de escolaridade de jovens entre 18 e 24 anos é de apenas 9,2 anos. Nossa juventude apenas completa o ensino fundamental. Talvez o dado mais alarmante é que somente metade dos jovens que chegam ao ensino médio consegue concluí-lo. Já nos falta o capital humano para o crescimento econômico sustentável.

Por seu lado, só conseguiremos efetivamente quebrar o ciclo reprodutivo da pobreza aumentando as oportunidades educacionais dos jovens pobres. Os programas de transferência de renda se tornaram importantes para reduzir a pobreza em longo prazo ao incluírem condicionalidades no campo da educação das crianças. A sua extensão a famílias com filhos de 15 a 17 anos parece ser um caminho a mais curto prazo, mas, ao direcionar a bolsa às famílias, pode não ser capaz de alterar a disposição do jovem de permanecer na escola. O fato é que a saída da pobreza depende hoje de que o jovem pobre termine o ensino médio e tenha a oportunidade de inserção no moderno mercado de trabalho, rompendo o ciclo intergeracional de pobreza.

O grande desafio do País, tanto em função do crescimento econômico quanto da redução da pobreza, é o de estancar a sangria que afeta nosso ensino médio. Para isso, é urgente nos aprofundarmos nos fatores que empurram os jovens para fora da escola. Sem a possibilidade de analisar o conjunto de fatores intra e extraescolares responsáveis pelo abandono, vou me deter no absoluto divórcio entre educação e trabalho. Isso parece ser fatal numa escola de jovens que têm, como principal preocupação, a identificação de possibilidades de renda que possam satisfazer as "necessidades básicas" geradas por nossa sociedade de consumo.

Parece haver um consenso de que o caminho seja estender a profissionalização para todo o ensino médio. A primeira constatação é que apenas 9% das vagas são destinadas a algum tipo de profissionalização. Assim, chegar à totalidade seria demorado e oneroso. A questão é se seria desejável. Nos países em que a profissionalização é tratada com seriedade, a cobertura beira os 30%. No passado, já tivemos experiência com o ensino médio obrigatoriamente profissionalizante que foi um desastre.

Na tentativa de avançar na questão, as novas Diretrizes Nacionais Curriculares para o EM propõem diversificar as modalidades, incluindo Ensino Médio Integrado, que conjuga o ensino regular com educação profissional e estendendo essa opção para a Educação de Jovens e Adultos. Para os atuais 90% de ensino propedêutico, existe apenas uma vaga indicação de que a integração entre educação e trabalho deva ser uma das bases da proposta curricular. O "como" é que é o problema.

Poderíamos pensar, em primeiro lugar, ter um componente curricular sobre introdução ao mundo do trabalho, no qual, além da elaboração de um projeto de vida, seriam abordadas questões referentes a habilidades, competências, atitudes e conhecimentos requeridos pelo mercado de trabalho. Meu temor quanto a essa sugestão é o de engarrafar ainda mais um currículo que já tem de suportar 14 componentes obrigatórios e mais seis transversais.

Teríamos de incluir também experiências de trabalho concreto para nossos jovens. Nesse sentido, a única proposição é o estágio, mais afeito à própria educação profissional. Por que não importarmos do ensino superior a ideia da monitoria? Sendo monitor nos laboratórios de informática ou de ciências, nas bibliotecas ou nos ginásios esportivos, os jovens teriam a oportunidade de vivenciar, no ambiente escolar, uma situação de trabalho, criando vínculos mais fortes com sua escola e ganhando um dinheirinho para suas "necessidades básicas".

Outra opção seria a Lei do Aprendiz, a partir da segunda série do ensino médio, em contratos de apenas 4 horas, para não haver a necessidade de estudar no noturno. Como esses contratos são de aproximadamente 2 anos e o jovem não pode abandonar a escola, a conclusão estaria garantida.

O desafio é grande, mas uma coisa é certa: se quisermos garantir a onda positiva de crescimento econômico com redução da pobreza, teremos de descobrir estratégias que garantam a nossos jovens a conclusão do ensino médio - e isso depende de restabelecermos o elo perdido entre educação e trabalho.


Texto Wanda Engel

O artigo foi publicado originalmente no Correio Brasiliense em 25 de agosto de 2011.

Fonte: Educar para Crescer


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MEC vai distribuir tablets nas escolas públicas em 2012! Será??!!



MEC vai distribuir tablets nas escolas públicas em 2012! Será??!!

O MEC (Ministério da Educação) vai distribuir tablets – computadores pessoais portáteis do tipo prancheta, da espessura de um livro – a escolas públicas a partir do próximo ano. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (1º) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante palestra a editores de livros escolares, na 15ª Bienal do Livro. O objetivo, segundo o ministro, é universalizar o acesso dos alunos à tecnologia.

Haddad afirmou que o edital para a compra dos equipamentos será publicado ainda este ano. “Nós estamos investindo em conteúdos digitais educacionais. O MEC investiu, só no último período, R$ 70 milhões em produção de conteúdos digitais. Temos portais importantes, como o Portal do Professor e o Portal Domínio Público. São 13 mil objetos educacionais digitais disponíveis, cobrindo quase toda a grade do ensino médio e boa parte do ensino fundamental.”

O ministro disse que o MEC está em processo de transformação. “Precisamos, agora, dar um salto, com os tablets. Mas temos que fazer isso de maneira a fortalecer a indústria, os autores, as editoras, para que não venhamos a sofrer um problema de sustentabilidade, com a questão da pirataria.”

Haddad não soube precisar o volume de tablets que será comprado pelo MEC, mas disse que estaria na casa das “centenas de milhares”. Ele destacou que a iniciativa está sendo executada em parceria com o MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia).

"O MEC, neste ano, já publica o edital de tablets, com produção local, totalmente desonerado de impostos, com aval do Ministério da Fazenda. A ordem de grandeza do MEC é de centenas de milhares. Em 2012, já haverá uma escala razoável na distribuição de tablets."


Por Vladimir Platonow
Da Agência Brasil
No Rio de Janeiro

Fonte: UOL Educação


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Limites - Relacionamento entre pais e filhos



Limites - Relacionamento entre pais e filhos

Recebi um e-mail de uma amiga muito interessante e realista. Com o título “Limites”, o texto revela o quão difícil está ocorrendo os relacionamentos entre pais e filhos. Entre inocentes e culpados, é importante ressaltar que, os limites existem para ser respeitados, embora alguns afirmem que seja para ser suplantados.

Em defesa da família é de suma importância que encontremos um denominador equilibrado entre limites, amor, autoridade.

Veja o texto e reflita sobre o assunto:


Limites

Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores e com o esforço de abolirmos os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos.


Mas, por outro lado os mais bobos e inseguros que já houve na história.

O grave é que estamos lidando com crianças mais “espertas” do que nós, ousadas, e mais “poderosas” que nunca!

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser, passamos de um extremo ao outro.

Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.

Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos.

Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.

E, o que é pior os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.

A medida que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudou de forma radical para o bem e para o mal com efeito, antes se considerava um bom pai aquele cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens e os tratavam com o devido respeito.

E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais, mas a medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco o respeitem.

E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem suas ideias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E que além disso, que patrocinem o que necessitam para tal fim.

Quer dizer; os papéis se inverteram.

Agora são os pais que têm de agradar a seus filhos para “ganhá-los” e não o inverso, como no passado.

Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães para serem os melhores amigos e “darem tudo” a seus filhos.

Dizem que os extremos se atraem.

Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais... A debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos verem tão débeis e perdidos com eles.

Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeita-los quando não os podemos conter... e de guiá-los, enquanto não sabem para onde vão...

É assim que evitaremos que novas gerações se afoguem no descontrole e no tédio que estão afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.

Se o autoritarismo suplantar, o permissível sufoca.

Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os... e não atrás, carregando-os e rendidos às suas vontades.

Os limites abrigam o indivíduo com amor ilimitado e profundo respeito.


Por Mônica Monastério


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Como explicar e entender a “liberdade de escolha” no mundo em que vivemos?

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