Com
instrumentos políticos neoliberais de terceirização, de desregulamentação das
relações trabalhistas, de intensificação do ritmo de trabalho, aparece uma
dinâmica produtiva que acaba por construir uma realidade na qual o trabalhador
se vê permanentemente ameaçado com a possibilidade de perda do emprego. Isto é,
instala-se a precariedade do emprego através da flexibilização do trabalho, do
avanço do trabalho temporário, da terceirização, etc.
Há um aumento crescente
dos “sobrantes”, ou seja, com a automação e a robotização constitui-se um
grande contingente de não integrados ao mundo da produção e dos serviços, criando
nos últimos vinte anos uma realidade de milhões de desempregados no mundo.
Flexibilizar destrói postos de trabalho, extermina direitos sociais e retira
milhões de pessoas do mundo produtivo.
A
flexibilização influencia na educação que a classe dominante oferece aos filhos
dos trabalhadores, jovens, de maneira que a formação profissional se ajuste às
novas realidades de reestruturação produtiva, de economia competitiva e de
globalização.
Esse ajuste postula uma educação e uma formação profissional que
gerem um “novo trabalhador” – flexível, polivalente moldado para a
competitividade. Diante da reestruturação no mundo do trabalho já não se pensa
em “formar para o posto de trabalho”, mas para a empregabilidade.
Portanto, não
se forma para a cidadania, mas para as exigências exclusivas do mercado.