Mensalão
No final de 2005, logo após o caso do mensalão estourar, em entrevista ao Estado, Delúbio Soares avaliou a crise no PT e previu que o julgamento do mensalão não iria para frente. "Nós seremos vitoriosos, não só na Justiça, mas no processo político. É só ter calma. Em três ou quatro anos, tudo será esclarecido e esquecido, e acabará virando piada de salão", apostou.
Contrariando essa e outras previsões que colocavam em dúvida o julgamento sobre a principal crise do governo Lula, a data foi marcada. Sete anos após o caso vir à tona, teve início no dia 2 de agosto o julgamento dos 38 réus do mensalão.
A expectativa é de que o julgamento seja o mais longo da história do STF, durando oito semanas ao todo. Em 120 anos, o Supremo conduziu processos que duraram no máximo sete semanas. Serão pelo menos 24 sessões ordinárias, entre colocações do relator, do procurador-geral da República e dos advogados de defesa, para então os ministros votarem.
Para fechar o ano com o mensalão julgado, o STF arcou com um custo elevado chegando a revelar algumas rusgas entre ministros. O calendário corrido permitiu que Cezar Peluso, considerado como um dos mais experientes, e Carlos Ayres Britto, atual presidente da Corte, participassem antes de completarem 70 anos e deixassem seus cargos de forma compulsória.
Acompanhe o julgamento dia a dia e os principais acontecimentos do processo pelo estadão.com.br.
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