quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Aulas de Sociologia são ampliadas em 66%


Aulas de Sociologia são ampliadas em 66%

Secretaria da Educação revoga redução que estava prevista apenas para o Ensino Médio noturno, mantendo a ampliação das aulas das duas disciplinas para a rede estadual

Por solicitação do governador Geraldo Alckmin, a Resolução SE 81, publicada no Diário Oficial do Estado no sábado (17/12), foi alterada no item referente à carga horária do Ensino Médio noturno. Na quinta-feira (22/12) será publicada uma nova versão da norma, sem redução do número de aulas das disciplinas de língua portuguesa e matemática para o período da noite desse nível de ensino.

A rede estadual de ensino de São Paulo passará a ter a partir de 2012 maior carga horária para estas duas disciplinas. No ciclo II do Ensino Fundamental, tanto no período diurno como no noturno, o total de aulas de matemática passará de cinco para seis semanais, correspondendo a um aumento de 20%. Nesse mesmo ciclo, as aulas de língua portuguesa terão esse mesmo aumento em todos os anos, exceto no 9º, que continuará com cinco aulas. No total dos quatro anos do Fundamental II , haverá mais 15% de aulas de língua portuguesa. Para fazer essa ampliação, a carga horária total semanal passou de 27 para 30 aulas.

No período diurno do Ensino Médio, as duas disciplinas continuarão com cinco aulas semanais nas 1ª e 2ª séries, mas passarão de quatro para cinco aulas na 3ª série, perfazendo aumento de 20% nessa série e de 7% no cômputo das três séries desse nível de ensino. Da mesma forma que no ciclo II do Fundamental, o aumento dessas matérias foi possível graças à ampliação da carga horária total de 27 para 30 aulas semanais.

A resolução publicada no dia 17 estabelecia para o Ensino Médio noturno a redução de quatro para três aulas de língua portuguesa na 2ª série e de quatro para três aulas de matemática nas 1ª e 3ª séries. A resolução a ser publicada amanhã (21/12) manterá o número atual de aulas dessas matérias. Para isso, serão reduzidas de duas para uma aula semanal as disciplinas de filosofia (1ª série) e de sociologia (2ª série).

Essas duas disciplinas, apesar da redução, passarão a ter carga horária maior do que tinham antes. Sociologia, que era ministrada uma vez por semana em cada série, passa agora a ter duas aulas semanais nas 1ª e 3ª séries e uma na 2ª série, resultando em um aumento de 66% do total de aulas. Filosofia, que tinha duas aulas semanais na 1ª série e uma nas 2ª e 3ª séries, passará a ter uma na 1ª série e duas nas demais, obtendo um aumento 25% no total.

A disciplina de Geografia mantém a carga horária estabelecida na resolução anterior, de 2008, ou seja, com duas aulas semanais na primeira e segunda séries do Ensino Médio Noturno e uma aula na terceira série.

“A alteração feita com base na orientação do governador Geraldo Alckmin mantém o espírito da reformulação da grade curricular que foi elaborada pela Secretaria da Educação”, afirmou o secretário-adjunto João Cardoso Palma Filho. “Nosso objetivo é o de proporcionar ao aluno uma formação integral com base no equilíbrio entre as três grandes áreas do conhecimento.”


Fonte: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sociologia, Filosofia e Artes terão 2 aulas semanais


Currículo de 2012 divide opiniões: Sociologia, Filosofia e Artes terão 2 aulas semanais


As escolas da rede estadual de São Paulo vão reforçar o ensino das disciplinas de Sociologia, Filosofia e Artes a partir do ano que vem. Para isso, haverá a diminuição no número de aulas de matérias como Geografia e História. A medida foi defendida pela dirigente de Ensino, Teresa Lucia dos Anjos Brandão. Mas professores como Nabil Francisco de Moraes, conselheiro estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), criticam a mudança.

De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, a alteração vai acarretar, para o período diurno, diminuição de 25% na carga horária de História e 14% na de Geografia ao longo do ensino médio, além da extinção das aulas de preparação para o vestibular para o 3º ano.

No caso do período noturno, a mudança provoca a diminuição nas aulas de Língua Portuguesa e Matemática.

De acordo com a professora Teresa Lucia dos Anjos Brandão, dirigente regional de Ensino, a matriz curricular do ensino médio contemplou todas as disciplinas do currículo, com o mínimo 2 aulas semanais. Em relação à Língua Portuguesa e Matemática, as mesmas terão 5 aulas semanais, segundo ela, "mantendo o maior número de aulas, sem prejuízo ao desenvolvimento dos conteúdos curriculares".

Professor de História e conselheiro da Apeoesp, Nabil diz que o governo apresentou a proposta de várias alternativas para as escolas mas o tema não foi debatido com a comunidade, professores e gestores. "Acho importante a inclusão destas disciplinas. Elas contribuem para a formação do cidadão. Mas, na maioria das escolas, os alunos têm dificuldade em Matemática e Interpretação de Texto. Por isso, seria necessária uma discussão mais democrática. Imagina que a mesma regra servirá para as escolas dos grandes centros urbanos e também para as comunidades ribeirinhas. Como assim?", questiona o professor, que defende o aumento na carga horária do ensino médio. "Claro, que a longo prazo, poderemos incluir o ensino integral para os alunos do ensino médio", ressaltou.

Técnico
Alunos interessados em cursar o Ensino Médio Técnico têm nova chance de se inscrever no programa. O prazo para matrícula nos cursos foi prorrogado até o dia 22 de dezembro. A chamada é para estudantes inscritos que não estavam entre os 31 mil sorteados na primeira fase.

Poderão se inscrever estudantes que se candidataram para ingressar na modalidade concomitante do programa, que oferece o ensino técnico por meio de 243 instituições de educação profissional, credenciadas em 95 municípios.

Ao todo, são oferecidas 31 mil vagas para estudantes da 2ª série do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede estadual. Os jovens puderam escolher entre 433 cursos, que contemplam 58 áreas de formação técnica em diferentes setores da economia. As aulas terão início em fevereiro de 2012.

Fonte:O Diário online

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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ponto de Vista: Realidade da Educação no Brasil

Ponto de Vista: Realidade da Educação no Brasil

Essa eu recebi pela internet. Segundo o autor, este texto é uma cópia da carta escrita por uma professora que trabalha no Colégio Estadual Mesquita à revista Veja. Vale a pena ler.

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.

Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.

Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.

Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.

Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”.

Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.

Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.

Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?

E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.

Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.

Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.

E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;

Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.

Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que encontrar forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.

Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.

Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa certo limite.

E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber por que devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.

Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.

Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade..

Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo

Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!

Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.

Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os "alfabetizados funcionais". Pelo amor de Deus somos uma classe com força!!! Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar escolas, fazer greves, vamos apresentar um projeto de Lei que nos ampare e valorize a profissão.

Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Os pilares: Escola real não concretizou os direitos de aprender, conhecer e fazer


Frustração: Escola Real deixou a desejar frente à Escola Ideal

"O que resta para a escola ensinar?", perguntou a minha amiga Ely. E logo me vieram à mente os quatro pilares do relatório da Unesco. Terá a escola ensinado aquilo que Jacques Dellors, há muitos anos, recomendava? Os jovens terão aprendido a conhecer, a fazer, a ser e a conviver? 


Vejamos.
Aprender a conhecer é algo arredio do universo escolar. Quanto muito, os jovens são depositários de informação jamais transformada em conhecimento, quase inutilidades, que apenas servem para debitar em provas e alcançar um diploma. Talvez seja essa a razão por que somente 15% dos titulares de diploma de direito conseguem aprovação no exame da Ordem dos Advogados.

E estamos conversados quanto ao aprender a fazer, a ser e a conviver: atentemos na manutenção de um ensino livresco, ao desprezo pelo desenvolvimento pessoal e social, consideremos o bullying e os assassinatos de professores.

No último reduto da transmissão de informação, os professores arriscam-se a ser uma espécie em vias de extinção. A carreira dos professores "conteudistas" está por um fio. A Ely contou-me que "professor Google" lhe ensina quase tudo. Nos seus 60 anos, como qualquer professor que se preze, a aposentada Ely continua a aprender. Achou um site em inglês com uma animação interativa do efeito do sal nas moléculas de água. E pôde experimentar como era a reação da água ao sal nas temperaturas que colocava no site. Entendeu uma das complexas propriedades coligativas da química. E o "professor Google" traduziu o texto, com perfeição, do inglês para o português.

Bernie Dodge, professor da universidade estadual da Califórnia, criou uma proposta metodológica para usar a internet de maneira investigativa e criativa: a webquest. E eu vi na TV um comercial, no qual uma jovem dizia que tinha tudo aquilo que precisava para estudar. Em casa. Na internet. Sem precisar cumprir horário de aula.

A escola que, infelizmente, ainda temos não logrou concretizar os quatro pilares da Unesco. E nem supeita de que há mais três: o aprender a desaprender, o aprender a desobedecer e o aprender a desaparecer. Aprender a desaprender, porque, como diria o Manoel, aprender é desaprender, para vencer o que nos encerra e aliena, porque desaprender vinte e quatro horas por dia ensina princípios, e porque precisamos emancipar-nos da tralha cognitiva que nos foi imposta.

Aprender a desobedecer, porque a maior parte dos normativos que regem o funcionamento das escolas são desvarios teóricos. Como diriam os mestres da não violência, leis injustas não merecem respeito e não deverão ser acatadas.

Os projetos humanos são produtos de coletivos. Já lá vai o tempo dos seres providenciais e insubstituíveis. Deveremos evitar gerar dependência em outrem, para que não nos tornemos (supostamente) "imprescindíveis". É preciso aprender a desaparecer, a fomentar autonomia nos grupos humanos em que participarmos. Uma autonomia que não pressupõe independência, mas interdependência. Como diria um amigo: interdependência, ou morte!


*José Pacheco é educador e escritor,
ex-diretor da Escola da Ponte,
em Vila das Aves (Portugal)


Fonte: revistaeducacao.uol

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domingo, 11 de dezembro de 2011

Tucanos se complicam após lançamento de livro sobre esquema de corrupção no governo FHC

Livro compromete PSDB com corrupção e lavagem de dinheiro


A situação nacional do maior partido da direita brasileira, o PSDB, fica ainda mais complicada diante do lançamento de A Privataria Tucana, livro do jornalista Amaury Ribeiro Junior. Disponível nas livrarias desde a noite passada, a obra reúne, em 343 páginas, todo o processo de privatização realizado ao longo do governo de Fernando Henrique Cardoso, nos anos 90, que dilapidou patrimônios públicos como a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional. O livro revela, ainda, documentos inéditos sobre a transferência de bilhões de reais para esquemas de lavagem de dinheiro e pagamentos de propina aos altos escalões da República. O ex-governador de São Paulo, José Serra, que também é do PSDB, assim como o então presidente Fernando Henrique Cardoso são citados como cúmplices no ciclo de corrupção.

– O livro tem sido, de longe, o mais vendido aqui, até agora – resume um funcionário de uma das maiores livrarias na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Amaury Jr. já previa que a compilação dos documentos reunidos em A Privataria Tucana renderia no conteúdo explosivo que os jornais conservadores ainda tentam abafar. Apenas um comentário, do ex-presidente FHC, foi consignado na edição deste sábado do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo. Nele, o acusado de deixar passar um dos maiores crimes já cometidos contra o patrimônio público brasileiro preferiu apenas descredenciar o autor das denúncias. Citado como um dos vilões no episódio, o candidato tucano derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, novamente preferiu o silêncio.

– Ficou bem claro durante as eleições passadas que Serra tinha medo de esse meu livro vir à tona. Quando se descobriu o que eu tinha em mãos, uma fonte do PSDB veio me contar que Serra ficou atormentado, começou a tratar mal todo mundo, até jornalistas que o apoiavam. Entrou em pânico.

Sem resposta
Procurado pelo Correio do Brasil, neste sábado, o ex-governador paulista José Serra não atendeu às ligações. Já o ex-presidente FHC, questionado em uma entrevista na FSP sobre os relatos feitos por Amaury Jr. preferiu desqualificar o jornalista.

– O autor desse livro está sendo processado. Está na Polícia Federal (PF). Até lá, quem está sub judice é ele – disse.

FHC aproveitou para defender Ricardo Sérgio, ex-diretor do Banco do Brasil, citado por Amaury no livro como o grande operador do esquema de corrupção.

– Eu não tenho nada que o desabone – afirmou.

Outro tucano, cotado para concorrer à Presidência da República nas eleições de 2014, o senador Aécio Neves também preferiu não comentar a obra na qual é citado pelo autor.

– Eu não li ainda, quando eu ler eu comento com vocês – concluiu, em conversa com repórteres em Salvador, onde esteve na noite passada, para uma série de compromissos partidários.

Leia a reportagem completa...

Fonte: Correio do Brasil

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sábado, 3 de dezembro de 2011

O compromisso de São Paulo pela educação


O compromisso de São Paulo pela educação

O nosso desafio não é dar ao ensino público o padrão do ensino particular, pois este também deixa a desejar; os jovens merecem muito mais (Herman Voorwald).

O Estado de São Paulo dá hoje importante passo para fazer sua educação caminhar para níveis de excelência. Esse tema geralmente evoca a comparação com o ensino público paulista de há poucas décadas.

Naquela época, a rede estadual de ensino selecionava com exames os estudantes que nela ingressavam. Muitos pais de alunos das escolas particulares lamentavam por não terem seus filhos nas escolas públicas.

Na realidade, o ensino público não era acessível a grande parte da população carente. E mal dava conta da própria classe média.

Era necessário fazer rapidamente o que países europeus haviam realizado ao longo de muitas décadas: universalizar o ensino básico gratuito.

Foi muito grande o esforço do Estado de São Paulo em apenas 25 anos. No Ensino Médio, por exemplo, as 545 mil matrículas na Secretaria da Educação em 1985 saltaram para 1,512 milhão em 2010.

Com essa acelerada universalização, o ensino público não conseguiu manter seu padrão de qualidade superior em relação ao privado, que se tornou muito mais excludente. No Ensino Médio, por exemplo, a rede particular paulista caiu de 251 mil alunos em 1985 para 249 mil em 2010.

A sociedade também mudou muito nessa transição. A competividade no mundo do trabalho afetou a atenção de pais com filhos e a relação da sociedade com a educação, como se a parte desta que cabe à família não existisse mais ou tivesse sido terceirizada para a escola.

Hoje, não há um passado glorioso a ser resgatado, como é dito muitas vezes, pois na verdade se mascarava a exclusão. E nosso desafio também não é dar ao ensino público o padrão do ensino particular, pois este também deixa muito a desejar em relação aos padrões internacionais. Nossas crianças e jovens merecem muito mais que isso.

Além da universalização, São Paulo venceu também outros desafios, como o combate à evasão escolar, a produção de material de apoio pedagógico, a avaliação de rendimento da rede estadual e a implantação da progressão por mérito e do bônus por desempenho.

Graças a esses avanços, a Secretaria da Educação, com pleno apoio do governador Geraldo Alckmin, estabeleceu como objetivos maiores fazer de seu ensino um dos melhores do mundo e, da carreira de professor, uma das mais prestigiadas por nossos jovens.

Para isso, o ponto de partida não poderia ser outro senão valorizar o professor. Em julho, tornaram-se lei a política salarial para o quadriênio 2011-2014 e a ampliação dos níveis de promoção de carreira não só para docentes, mas também para servidores de apoio escolar, cujo quadro foi ampliado em um terço.

Além disso, depois dos 16 mil docentes em curso na Escola de Formação de Professores, mais 9.000 concursados serão convocados, permitindo abrir novo processo seletivo no primeiro semestre de 2012.

No entanto, quaisquer que sejam os investimentos do governo, só teremos grandes avanços com o envolvimento de toda a sociedade, com famílias acompanhando o desempenho de seus filhos, o trabalho de suas escolas e também as ações do governo. E com o apoio da iniciativa privada, de associações civis e de todos os setores a essa mobilização.

No dia 6 de novembro, 185 mil familiares de alunos, reunidos em 1.934 escolas estaduais, encaminharam cerca de 95 mil propostas para essa mobilização.

É também em resposta a essa iniciativa que o governador Geraldo Alckmin institui hoje o Compromisso de São Paulo pela Educação. Um compromisso que deve ser de todo o nosso Estado com o Brasil.

Herman Voorwald, 56, é Secretário da Educação do Estado de São Paulo.

(Publicado no jornal Folha de S. Paulo, 02/12/2011, p. A3)

Fonte: SSE-SP

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Como explicar e entender a “liberdade de escolha” no mundo em que vivemos?

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