
Crise internacional: o desafio de regular o mercado financeiro
“Procura-se dar soluções de mercado para problemas que foram gerados justamente por um mercadoexcessivamente livre”, frisa o keynesiano Luiz Fernando de Paula ao analisar a crise financeira internacional e as medidas adotadas por governos europeus e estadunidense. Para ele, a economia mundial ainda não entrou em “grande depressão”, mas está longe de encontrar uma solução para os problemas econômicos. “Tudo leva a crer que não teremos uma recuperação a curto e médio prazo e não se sabe qual vai ser o tamanho do tombo que teremos para frente”, menciona.
Na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por e-mail, o economista também comenta oPlano Brasil Maior, anunciado pelo governo brasileiro no início do mês para estimular a indústria nacional. “Uma política industrial só dá certo se for bem articulada com a política econômica, o que não é o caso do Brasil, pois os juros altos e câmbio apreciado são um desestímulo para realização de investimentos produtivos e em inovação. Assim, é mais um paliativo”, avalia.
Embora “houve uma flexibilização na política econômica” brasileira, o governo ainda intervém pouco em investimentos públicos e não resolve “o problema da apreciação cambial”, explica. De acordo com ele, o Brasil tenta adotar uma política keynesiana, ainda que “com várias deficiências”. E ressalta: “É um equívoco confundir políticas keynesianas com políticas fiscais expansionistas o tempo todo. Políticas fiscais são um instrumento poderoso anticíclico e devem estar comprometidas com o equilíbrio fiscal de longo prazo”.
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Fonte: Unisinos
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