Redes Sociais podem ajudar no dia a dia escolar
José Armando Valente, pesquisador em tecnologias na educação e coordenador associado do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Unicamp, é adepto do uso da tecnologia no dia a dia da escola. Apesar da resistência de muitos educadores, as redes sociais são extremamente úteis no aprendizado.
É preciso compreender que lecionar não é mais uma via de mão única, e sim que o aluno tem muito a acrescentar em classe, sobretudo pela facilidade que as novas gerações têm ao usar o computador.
Nossos alunos utilizam o computador para tudo, acessam e-mail’s, se comunicam com o mundo, recebem notícias, frequentam as redes sociais. É imprescindível que utilizemos as mídias para auxiliar a educação de cada um deles.
Segundo Valente, “hoje a escola está basicamente restrita a lápis e papel. O currículo dela é todo formado assim há muito tempo, os professores foram moldados dessa maneira. Só que hoje temos simulações digitais que formam novos mecanismos para se lidar com o conhecimento, tudo ao alcance do professor. Exemplos: há simulações muito difíceis de você criar utilizando a lousa e o giz, e que poderiam rapidamente ser feitos no computador. Estou falando de formas geométricas da Matemática, estou falando de terremotos e tsunamis na Geografia, etc. Imagine também uma aula de História, em que você visita um museu on-line. Esses já existem, já há uma interação fantástica atualmente.”
Ao falar sobre as redes sociais, Valente disse: “Imagine que os adolescentes usam bastante o Twitter. Esse fato já faz dele algo palatável para o professor utilizar em sala de aula, pois desperta um interesse natural. Por que o professor de Língua Portuguesa, por exemplo, não o utiliza para os alunos expressarem ideias em 140 caracteres? É um ótimo exercício de concisão, um trabalho de comunicação sintética que muitos alunos de doutorado não costumam ter. É fundamental saber resumir suas ideias no mundo de hoje. Isso também serve para professores de outras disciplinas, em circunstâncias similares. Agora, claro, o aluno precisa da ajuda do professor para utilizar a ferramenta didaticamente. Não é porque ele está no Twitter que vai sozinho usar da melhor forma possível.”
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